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Alckmin deixa hospital e faz críticas a Kassab
Uso da máquina é "atraso da política", diz tucano
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-governador Geraldo
Alckmin, 55, retomou ontem
sua campanha a prefeito de São
Paulo, após ter ficado dois dias
hospitalizado, com críticas ao
uso da máquina pública na disputa eleitoral deste ano.
Questionado sobre a tentativa do prefeito Gilberto Kassab
(DEM), candidato à reeleição,
de interferir no resultado da última pesquisa Datafolha de intenção de voto, Alckmin procurou não criticar o adversário,
mas afirmou: "Um dos atrasos
da política é o uso da máquina
pública, em todos os níveis. Sou
totalmente contra". Ele, porém, não pretende acionar o
adversário judicialmente, a
exemplo do que fez o PT.
Por conta de uma inflamação
no intestino provocada provavelmente por intoxicação alimentar, Alckmin ficou internado no InCor (Instituto do Coração) da madrugada de domingo
até a manhã de ontem.
De acordo com os médicos do
hospital, o tucano tem diagnóstico de doença diverticular do
cólon (presença de divertículos
nas paredes do intestino) que
podem levar a dores abdominais, prisão de ventre e, no caso
de uma inflamação (diverticulite), a sangramentos.
Em outubro do ano passado,
ele também foi internado no
InCor por conta do mesmo
problema. Segundo Alckmin,
que afirmou estar bem, a partir
de agora estão proibidos em sua
dieta os cafezinhos e os quitutes comuns em campanhas.
O tucano fez, entre as 14h10 e
as 15h, uma caminhada -pouco
mais de 200 metros- no bairro
do Itaim Bibi, nas proximidades de seu escritório. Ele havia
deixado o InCor às 11h20.
Alckmin esteve em Bogotá
(Colômbia) na quinta e na sexta
da semana passada para conhecer projetos na área do transporte urbano. Na madrugada
de domingo, ele deu entrada no
hospital. Durante a caminha de
ontem, o tucano tomou dois copos de água e recusou as ofertas
de cafés.
Anteontem, a campanha divulgou que ele estava internado
por conta de "diverticulite".
Reservadamente, a Folha ouviu o mesmo diagnóstico.
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