São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO

Descontrole alimentar caracteriza campanhas

Candidatos pulam refeições e abusam de café e frituras

ANA FLOR
DA REPORTAGEM LOCAL

O esforço do corpo-a-corpo que rende votos na campanha para a prefeitura de São Paulo empurra os candidatos para o descontrole alimentar. Pular refeições, tomar café em excesso, comer frituras e guloseimas na rua se tornam rotina para os aspirantes ao cargo.
No domingo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi internado vítima de uma crise intestinal provocada por intoxicação alimentar. Ele terá que fazer dieta até o final do período eleitoral e cortar, entre outras coisas, sua bebida predileta: o cafezinho.
Nas semanas anteriores, Alckmin exagerou. Pulou refeições, comeu salgadinhos e muitos sanduíches. Por dia, tomava em média 25 cafés. "Em um dia como hoje [ontem], por exemplo, em que eu fui de manhã para Santana e à tarde ao Brás, teria pulado o almoço", diz. Desde que teve alta, na terça-feira, o ex-governador cortou os cafés e pára para almoçar -arroz, frango e salada.
A ex-prefeita Marta Suplicy (PT) também mergulha nos petiscos durante a campanha. Nas andanças pelas ruas, ela come lingüiça, coxinha e bolo. Quando ganha de presente, dificilmente não prova. Ela diz que "come de tudo" e não tem restrições. Sobre um possível aumento de peso - Marta tem 70 quilos para 1m64 de altura -que muitas vezes resulta dos hábitos desregrados -, a candidata diz não e preocupar. "Ganhar peso é a menor das minhas preocupações na campanha", disse ela há algumas semanas.
Já o prefeito Gilberto Kassab, com se diz um "gordinho assumido". Adora bolos e come um sanduíche de mortadela inteiro do Mercado Municipal. "Um sanduíche não é muito para o almoço. Muito seria comer três", brinca. "Gordo nunca sabe porque não baixa de peso".
A nutricionista Mariângela Dalaqua aconselha os candidatos a terem muito bom senso. "A situação é delicada, porque eles precisam agradar os eleitores", diz. As dicas que dá servem para todas as pessoas que trabalham no trânsito ou passam muitas horas na rua: se hidratar a cada duas ou três horas, carregar no carro frutas e barras de cereal, procurar observar a higiene do local e optar por alimentos cozidos, evitando comidas cruas, e comer poucas frituras.


Colaboraram CÁTIA SEABRA e JOSÉ ALBERTO BOMBIG


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