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Procuradoria denuncia Jucá por crime financeiro
Senador disse ser inocente e que quer arquivar a ação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR),
foi denunciado formalmente
pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando
Souza, sob acusação de crime
contra o sistema financeiro. O
caso tramita em segredo de
Justiça.
A denúncia foi entregue em
dezembro de 2007 ao ministro
Cezar Peluso, do STF (Supremo Tribunal Federal), pois Jucá tem direito a foro privilegiado. Ainda não há prazo para
uma decisão sobre o caso. Se
condenado, poderá pegar uma
pena de dois a seis anos de prisão, além de ter de pagar multa.
O caso foi revelado pela Folha em março de 2005, quando
Jucá era o ministro da Previdência. Ele ocupou o cargo por
apenas quatro meses.
O senador é acusado de ter
feito, em 1996, um empréstimo
no Basa (Banco da Amazônia)
de forma fraudulenta. O dinheiro seria usado na empresa
Frangonorte, da qual ele era
um dos sócios.
O Basa cobra de Jucá e do ex-sócio Getúlio Cruz uma dívida
de R$ 25 milhões do FNO
(Fundo Constitucional do Norte). Em maio de 2005, o STF
aceitou a abertura de inquérito.
A Polícia Federal executou diligências que ajudaram a formular a denúncia. Segundo o procurador, Jucá apresentou imóveis inexistentes como garantia
de que pagaria a dívida. O senador responsabiliza o ex-sócio.
Nem Jucá nem o advogado
dele, Antonio de Almeida Castro, retornaram aos telefonemas da Folha. O senador já disse, no passado, ser inocente e
que deve pedir o arquivamento
da ação por prescrição.
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), disse que
pedirá uma cópia da denúncia.
No entanto, afirmou que o caso
dificilmente será apurado pela
Casa, pois aparentemente se
trata de assuntos anteriores à
posse de Jucá no Senado.
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