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ADRIANA GOMES - adrianagomes@vidaecarreira.com.br
A hora do antiestrela
Muitas vezes é justamente de gente discreta e com baixa popularidade que o mundo corporativo precisa
Conhecer a trajetória de executivos de sucesso é importante, mas formar mitos pode ser uma fonte de frustração.
Todos temos uma capacidade incansável para idealizar e, mais tarde, sofrer porque nada é perfeito no mundo real.
É o que acontece com a imagem do líder. No papel, o ideal é que ele seja inspirador, carismático, transforme problemas em oportunidades, extraia o melhor dos seus funcionários, seja visionário, consiga fazer a empresa prosperar nas crises e supere todas as expectativas depositadas nele.
Alguém com todas essas características é um super-herói. E eles, claro, não existem.
Até mesmo os líderes que são grandes estrelas (e que certamente não atendem a todos os requisitos descritos acima) não nasceram com capacidades de liderança, mas as desenvolveram.
Quando os profissionais são promovidos a chefes, demoram para pegar o "traquejo" do cargo, para "serem formados". E nem sempre dá certo.
Além disso, há bons líderes que não são midiáticos. E, em muitos casos, obter os resultados desejados implica em tomar atitudes antipáticas e duras que certamente não irão angariar seguidores.
Mas muitas vezes é justamente de gente discreta e com baixa popularidade que o mundo corporativo precisa.
Mitos geram mais frustração do que motivação. A criação e proliferação desses ideais podem ser fruto de uma sociedade sonhadora e carente.