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Empresa desenvolve técnica para tratar resíduos com gás ozônio
Start-up recebeu financiamento de R$ 9,6 milhões do BNDES
A INB (Indústrias Nucleares do Brasil) procurou a start-up Brasil Ozônio, no Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), buscando uma solução para o problema do tratamento dos resíduos que contaminam água e solo na exploração de minas de urânio.
Com a experiência no tratamento de água usando o gás ozônio desde 2005, a empresa topou o desafio, buscando parceria com a Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina e a Fundação Pátria para realizar o projeto, que recebeu financiamento do BNDES de R$ 9,6 milhões.
"A tecnologia que vínhamos desenvolvendo para outros fins se provou promissora nos testes para o tratamento dos efluentes", afirma Samy Menasce, 63, proprietário e diretor da Brasil Ozônio.
A empresa, que tem seis funcionários, começou focando o mercado de limpeza de piscina, mas percebeu que o ozônio, que é um germicida cem vezes mais potente que o cloro, poderia ser usado para outros objetivos, como higienização de alimentos, totalizando, atualmente, 63 aplicações diferentes.
"Para atender à nova demanda, sabia que seria preciso muito dinheiro."
O aporte do BNDES é voltado para pesquisa em institutos tecnológicos, dividindo a patente.
"Nosso interesse é financiar a inovação, e a participação das empresas nos projetos é essencial, pois garante que ela chegue ao mercado", diz a gerente do Departamento de Inovação da Área de Planejamento do BNDES, Flávia Kickinger. O Funtec faz três seleções de projetos por ano. As inscrições para a próxima concorrência vão até o dia 31 deste mês.