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CLIMA
Emergente também deve ter meta de CO2, diz Lula a jornal
DA REDAÇÃO
Contrariando posições
manifestadas até agora pelo
Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou ao
jornal japonês "Yomiuri"
que é a favor de discutir metas quantitativas de redução
de emissões de gases de efeito estufa também para países
emergentes no regime climático internacional que
substituirá o Protocolo de
Kyoto após 2012. No entanto, essas metas deverão ser
proporcionais às emissões.
"Todos nós temos que ter
metas proporcionais ao tipo
de poluição que nós produzimos. Os países que mais poluem têm que ter mais obrigações do que os países que
menos poluem", declarou o
presidente. "Quem não quer
metas são os países ricos."
O Brasil e os outros países
emergentes são desobrigados de metas obrigatórias de
redução pelo Protocolo de
Kyoto e têm resistido a aceitá-las no pós-Kyoto por dois
motivos: primeiro, a responsabilidade histórica pelo
aquecimento global é dos
países industrializados. Depois, alegam, metas prejudicariam o desenvolvimento
dos emergentes.
O Brasil foi um dos principais defensores de ações de
redução "mensuráveis, reportáveis e verificáveis" para
países em desenvolvimento
no pós-Kyoto na conferência
do clima de Bali, no ano passado. Mas esse tipo de ação é
muito diferente de metas
quantitativas obrigatórias.
Segundo o jornal, Lula não
mencionou quais seriam as
metas do Brasil e condicionou sua aceitação ao cumprimento das obrigações do
Protocolo de Kyoto por parte
dos países desenvolvidos.
Segundo o "Yomiuri", Lula
demonstrou "postura positiva" quanto ao estabelecimento de metas pelo Brasil
porque o país obteve bons resultados na redução de emissões por meio do álcool.
Lula embarca nos próximos dias para o Japão para
participar da reunião de cúpula do G8+5 (grupo dos países ricos mais os cinco grandes emergentes). Como a
questão climática estará na
ordem do dia, ele tenta liderar os países em desenvolvimento na cobrança de ações
contra o aquecimento global
por parte dos países ricos
-em especial os EUA.
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