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Ministro promete queda "progressiva" no desmate
Plano de mudança climática sai no final do mês
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Carlos Minc
(Meio Ambiente) prometeu
ontem que o Plano Nacional de
Mudanças Climáticas trará
metas de redução do desmatamento da Amazônia.
Segundo ele, o plano será
apresentado no dia 23 deste
mês. "Há uma previsão de redução progressiva do desmatamento e aumento progressivo
de espécies nativas e da silvicultura econômica, com uma
previsão em poucos anos de zerar essa conta e passarmos a ser
credores em relação ao desmatamento, ou seja, plantarmos
mais do que tiramos", disse.
A afirmação foi feita durante
evento em São Paulo de comemoração aos 40 anos da revista
"Veja". Minc participou de um
painel sobre ambiente -ao lado do governador de Mato
Grosso, Blairo Maggi.
O plano vem sendo prometido desde setembro de 2007,
quando o presidente Lula
anunciou nas Nações Unidas
que o país o adotaria. E o desmatamento é questão central,
já que responde por 70% da
contribuição do Brasil às emissões de gases-estufa.
Segundo Minc, agora o plano
está em estágio "avançado".
Apesar de não ter dito os números de redução que constarão
no plano, o fato de garantir que
serão fixadas metas é relevante.
Thelma Krug, ex-secretária
nacional de Mudanças Climáticas, por exemplo, não concordava com a proposta. Já os ambientalistas argumentam que é
difícil o Brasil obter recursos de
outros países para combater a
destruição da floresta se não
houver objetivos delimitados.
Segundo Marcelo Furtado,
do Greenpeace, setores do governo como o Ministério da
Ciência e Tecnologia e o Itamaraty não acham interessante a
adoção de metas. "Estou muito
curioso para saber se ele [Minc]
vai conseguir avançar e colocar
as metas no plano." Furtado
contou que a ONG apresentou
ao ministro um plano de redução progressiva do desmatamento -a idéia é zerá-lo em sete anos. "O ministro endossou
essa abordagem. Considero
muito positivo se ele incorporar as idéias ao plano."
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