São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2011 |
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SAIBA MAIS Forte rivalidade e troca de farpas marcam achados RAFAEL GARCIA DE WASHINGTON A descoberta da energia escura foi fruto de uma das competições mais acirradas que a ciência testemunhou nas últimas décadas. Os grupos de Perlmutter, de um lado, e de Riess e Schmidt, do outro, passaram mais de um ano trocando farpas antes de anunciarem suas pesquisas. Em meados de 1997, as duas equipes já tinham noção de que estavam trabalhando no mesmo problema, mas Perlmutter foi o primeiro a apresentar seus dados. Os números nessa época, porém, ainda não permitiam tirar conclusões definitivas e apontavam para um Universo sem aceleração. Quando Riess conseguiu divulgar seus primeiros primeiros dados, em janeiro de 1998, eles já sugeriam a existência da energia escura. Um integrante do grupo rival chegou a dar entrevista nessa época dizendo que as observações de Riess "confirmavam" as de Perlmutter, tentando abalar o mérito do grupo, que só apresentou seus dados depois. O episódio criou um clima de animosidade. "Nós íamos às mesmas conferencias, revelávamos nossos resultados, usávamos as mesmas instalações e os víamos [o grupo rival] uma noite após a outra", contou Riess. "Quando saíamos de um telescópio, lá estavam eles chegando", completou. Texto Anterior: Descoberta de 'acelerador cósmico' rende Nobel a trio Próximo Texto: Análise: Suecos fazem aposta teórica arrojada com a premiação Índice | Comunicar Erros |
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