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SAIBA MAIS
Células-tronco são esperança para tratamentos
DA REDAÇÃO
As células-tronco embrionárias se tornaram uma
grande esperança para a pesquisa biomédica porque,
com sua capacidade de se diferenciar em centenas de outros tipos de célula do corpo,
têm grande potencial
-mais teórico, ainda, do
que prático- para contribuir no tratamento de doenças degenerativas, como o
mal de Parkinson.
O problema é que elas são
tão promissoras quanto polêmicas. A reação a esse gênero de pesquisa decorre do
fato de ele implicar a destruição de embriões humanos,
para obtenção da massa de
células da qual se derivam as
linhagens de células-tronco
embrionárias que podem ser
cultivadas por longos períodos no laboratório e, como
esperado, "reprogramar" o
tecido doente.
A reação partiu sobretudo
de grupos religiosos e outros
setores sociais que, engajados na luta antiaborto, não
aceitam a destruição dos
embriões, sob o argumento
de que já se trata de vidas.
Os cientistas, obviamente,
discordam. Um dos argumentos mais usados é que
há centenas, provavelmente
milhares de embriões congelados nas clínicas de reprodução assistida. Acredita-se que eles nunca serão
usados por seus "pais" (pois
outros embriões produzidos
na mesma leva já resultaram
em gravidezes bem-sucedidas). Ajudar pesquisas que
poderiam salvar vidas seria
eticamente melhor do que
mantê-los indefinidamente
congelados (ou destruí-los,
clandestinamente).
Para complicar o problema ético, a obtenção de células-tronco embrionárias faria mais sentido se acoplada
com outra técnica polêmica,
a clonagem. A idéia é produzir embriões clonados dos
próprios portadores de
doenças, pois as células-tronco obtidas após sua destruição carregariam o mesmo patrimônio genético do
paciente e não causariam rejeição, quando transplantadas em seu corpo.
Essa produção de clones
com finalidade curativa é
chamada de clonagem terapêutica, para diferenciá-la
da reprodutiva (criar embriões para desenvolvimento de um ser humano que
nasceria com a mesma carga
genética de seu "pai gêmeo"). Os pesquisadores
querem que os tipos sejam
tratados separadamente.
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