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Degelo no Ártico já é o 2º maior, aponta satélite
Perda em 2008 ainda pode superar recorde de 2007
DA REDAÇÃO
O gelo marinho no Ártico
atingiu, neste mês, o segundo
nível mais baixo desde que começaram as medições por satélite. O derretimento já é maior
que o de 2005 e, agora, só fica
abaixo do recorde observado
em setembro de 2007.
Segundo o Centro Nacional
de Dados sobre Gelo e Neve dos
Estados Unidos, a extensão de
gelo em 2005 chegou a 5,32 milhões de quilômetros quadrados. Em agosto de 2008, atingiu
5,26 milhões de quilômetros
quadrados e está a 430 mil quilômetros quadrados de igualar
a marca do ano passado.
O relatório do órgão afirma
que é necessário esperar as
próximas semanas para saber
se haverá nova quebra de recorde. Mas ressalta que, no início
de agosto de 2005, o declínio do
gelo começou a ficar mais lento, o que não ocorreu neste ano.
Ambientalistas afirmam que
o degelo é mais um sinal de
alerta para o aquecimento global. "É um sinal infeliz de que a
mudança climática está chegando depressa ao Ártico e que
realmente precisamos atacar a
questão do aquecimento global
em nível nacional", disse Christopher Krenz, gerente da organização Oceana, nos EUA.
"Isso não surpreende, mas
assusta", afirmou Deborah Williams, ex-assistente especial
do Departamento de Interior
para o Alasca. Ela destacou ainda que este "foi um verão relativamente fresco".
Em setembro de 2007, o gelo
marinho do Ártico encolheu
mais de 1 milhão de quilômetros quadrados (quatro vezes a
área do Piauí) em relação ao valor mínimo registrado anteriormente. Na ocasião, foi aberta pela primeira vez a Passagem
Noroeste, almejada rota marítima entre Europa e Ásia -por
onde, até então, não era possível passar.
Com Associated Press
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