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Rico poluiu sem saber, e pobre tem de cortar CO2, diz McCain
DA ENVIADA A TÓQUIO
O candidato republicano à
Presidência dos Estados Unidos, John McCain, repetiu o
discurso do atual presidente
George W. Bush e seu partido, o
Republicano, ao cobrar compromisso da China e da Índia,
principalmente, no combate às
mudanças climáticas e na redução das emissões de dióxido de
carbono. Mas avançou em relação a Bush ao manifestar desapontamento pelo fato de o Senado não ter aprovado, no início deste mês, um projeto de lei
que estabelece um programa de
créditos de carbono.
Ele e o democrata Barack
Obama participaram "virtualmente" da reunião dos parlamentares do G8+5 no sábado,
em Tóquio. "Se vamos estabelecer protocolos ambientais
significativos, então eles devem
incluir as duas nações, China e
Índia, que têm o potencial para
poluir o ar mais rápido e em volume anual superior a qualquer
nação na história", afirmou
McCain em um vídeo.
Além disso, ressaltou que estava desapontado "pelo fato de
o Senado dos EUA não ter conseguido fazer mais progresso
na legislação de créditos de carbono". O projeto de lei que estabelecia limite e comércio de
emissões foi barrado pelos senadores republicanos.
Já Obama, que até o último
momento não iria participar do
evento, acabou mandando um
discurso de última hora, que foi
lido por Elliot Morley, presidente da Globe International
(Organização Global de Legisladores por um Meio Ambiente
Equilibrado). Antes de o texto
chegar, a idéia da organização
era exibir um vídeo do senador
democrata John Kerry.
Alegando ignorância
O discurso de Obama se ateve
à responsabilidade dos Estados
Unidos na questão e à necessidade de promover uma cooperação internacional para combater o aquecimento global.
McCain, por outro lado, ressaltou que China, Índia, Brasil,
México e África do Sul estão entre os que mais contribuem para o aquecimento global hoje.
E justificou a poluição causada dos países desenvolvidos no
passado. "Mas também devemos reconhecer que fizemos a
maior parte das nossas contribuições para o aquecimento
global antes de qualquer um saber sobre o assunto", disse.
Segundo o republicano, "nenhuma nação deve ser dispensada da sua obrigação e menos
ainda devemos abrir exceções
para justamente os países que
estão acelerando as emissões
de carbono enquanto o resto de
nós tenta reduzir as emissões".
Obama, por sua vez, garantiu
que irá "virar a página sobre políticas domésticas fracassadas
que mantiveram a nossa dependência aos combustíveis de
carbono". "Eles [cientistas] fizeram um magnífico trabalho
de identificar as causas, os processos e os impactos da mudança climática global, mas cabe
agora a nós responder na mesma medida", ressaltou.
(AB)
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