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Libertadores da América

Eles ainda não desbancaram a primazia dos europeus, mas os azeites sul-americanos começam a ganhar força e poderão em breve ser os campeões da sua despensa

Há novos integrantes nas prateleiras dos azeites extravirgens. Espanhóis, portugueses, gregos e outros produtos de países ao redor do Mediterrâneo já não são os únicos donos do pedaço.

Desde o ano passado, uma série de rótulos premium de pequenos produtores, importados do Chile e da Argentina, foram conquistando aos poucos seu espaço no mercado paulistano.

Agora é a vez dos uruguaios. Em julho, a linha Colinas de Garzón foi incorporada ao catálogo da importadora World Wine. E o premiado uruguaio o'33 Jose Ignacio, da região de Maldonado, deve ser o próximo: os produtores dizem estar prestes a assinar contrato com um distribuidor local.

O Brasil vem na carona. Primeiro azeite nacional em escala comercial, o Olivas do Sul, de Cachoeira do Sul, já está à venda na rede Pão de Açúcar --a safra 2012 recebeu nota 80/100 no guia italiano Flos Oil 2013, do crítico Marco Oreggia, referência no mundo dos azeites.

Todos os sul-americanos têm um ponto em comum. São fruto de uma importante mudança que vem acontecendo no mapa da produção de azeites nos últimos dez anos, bem-vindo efeito colateral proporcionado pelo amadurecimento da vitivinicultura latina --as técnicas de manejo agrícola desenvolvidas pelo setor do vinho serviram como uma luva à olivocultura.

"Temos um terroir fabuloso e sem a brutalidade da neve. Oliveiras de genética europeia estão se desenvolvendo surpreendentemente", diz o empresário Luiz Eduardo Batalha (ex-Burger King), que prevê lançar seus azeites no ano que vem.

Batalha adquiriu uma propriedade de 120 hectares em Pinheiro Machado, no Rio Grande do Sul, e já tem 42 mil pés plantados com oliveiras das espécies arbequina, arbosana, frantoio, coratina, manzanilla e picual. O investimento, incluindo a compra de uma máquina extratora italiana, foi de R$ 3,5 milhões.

"As 70 mil toneladas de azeites que o brasileiro consome por ano são importadas, há muito mercado. Acho que muita gente virá atrás de mim", ele aposta.


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