Texto Anterior
| Índice | Comunicar Erros
Chef italiano fala sobre arte, emoção e cozinha DA ENVIADA ESPECIAL A LIMAO chef italiano Massimo Bottura (do Osteria Francescana, quinto melhor do mundo, segundo a revista britânica "Restaurant"), cruzou o Atlântico para se apresentar no Mistura. "Tenho a responsabilidade de estar perto dos lavradores, dos perdedores. Eles precisam de alguém que esteja em minha posição para sobreviver." Em um auditório isolado da feliz bagunça da feira, chefs apresentavam suas receitas e filosofias para estudantes de gastronomia e jornalistas. Bottura comoveu a plateia com discurso poético ligando arte, emoção e comida. Descreveu como e por que seu restaurante, recém-reformado, agora integra ainda mais a arte contemporânea. "O que está nas paredes não é enfeite, é nosso jeito de ver a cozinha." Roberta Sudbrack, do Rio, representou muito bem o Brasil. Abriu a série de palestras falando que por respeito aos ingredientes, prefere transformá-los o mínimo possível. Demonstrou três receitas de seu repertório brasileiro, usando farinha da parte interior da casca de banana e rapadura. Improvisou uma quarta receita com produtos peruanos que encontrou em Lima: pão, quinoa e algas esféricas. Pregou-se muito a sustentabilidade e a valorização da biodiversidade e dos pequenos produtores. Um dos pontos altos foi a emocionada palestra do basco Eneko Atxa, engajado com causas ambientais. Exibiu vídeo de seu novo restaurante campestre Azurmendi, perto de Bilbao, "cercado por um jardim de plantas autóctones que aparecem nos pratos". As palestras encerram-se hoje, com outro chef-estrela: Joan Roca, do El Celler de Can Roca. Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |