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PRECAUÇÃO
Profissionais dão dicas para evitar que estruturas, paredes e revestimentos sejam danificados pela ação do líquido
Problema na obra pode ser a gota d'água
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Tijolos, cimento, areia, pedra.
Na hora da construção, os sólidos
dominam. Mas, para evitar que
eles virem fumaça antes do tempo, é necessário dar atenção especial a um líquido.
Uma maneira de começar a se
orientar para não negligenciar pequenas atitudes que trazem conforto e aumentam a vida útil da
casa é seguir a trilha da água.
Dentro e fora do lar, os pontos
que convivem com ela merecem
bastante atenção para não sofrerem com infiltrações, descascamento de paredes e inundações.
Banheiro
De todos os cantos da casa, o banheiro é o que mais concentra detalhes que, se ignorados, causam
uma enxurrada de complicações.
Os problemas vão do piso ao teto. Se o chão não tiver as caídas
certas, a água não chega ao ralo e
fica empoçada em algum ponto.
"O contrapiso geralmente está
correto. O que estraga o caimento
é que muitas vezes as pessoas exageram na quantidade de massa
para o assentamento", analisa a
arquiteta Dionéia da Paixão, 51.
A "inundação" pode chegar a
outros cômodos se o box não tiver
um ressalto e se as portas não
contarem com soleiras. O forro,
como em outros ambientes, deve
ter uma distância de 2 cm da parede, para que o gesso não trinque.
"Muitos pensam que o teto não
molha e o pintam com tinta látex,
que não é lavável, mancha e descasca. A tinta deve ser acrílica",
arremata a arquiteta Valéria Cimatti, 33, da CDA Arquitetura.
A parte hidráulica também requer atenção para escapar de vacilos. Se agrupar as áreas molhadas ajuda a economizar na metragem de tubos, quem exagera nesse quesito pode se queimar.
Segundo a arquiteta Sylvia Bremer, 35, "usar o mesmo cano para
a descarga e para o chuveiro faz
com que a água esquente a cada
vez que se aperta a válvula".
Exterior
Do lado de fora, a impermeabilização de piscinas e caixas-d'água
pode ganhar um aliado contra as
infiltrações: cantos arredondados
(chamados de meias-canas).
"Eles distribuem melhor a pressão, pois o encontro entre a parede e o fundo é o ponto mais vulnerável à movimentação da estrutura, que causa fissuras e trincas",
explica a engenheira Eliene Costa,
37, do departamento técnico da
Otto Baumgart.
Para não estragar a pintura dos
muros, o engenheiro Henrique
Uesugi recomenda o uso de pingadeiras. Quando chove, elas não
deixam a água, misturada com a
poeira, escorrer pela parede.
"Sobras da cerâmica também
protegem a cabeça do muro", diz
a arquiteta Selma Moreira, 35.
(BRUNA MARTINS FONTES)
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