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FAXINA DO AR
Umidificação da casa não pode passar do ponto
Ventilação natural e purificador de ar livram os ambientes da proliferação de fungos e ácaros
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) decretou alerta na cidade de São Paulo na semana passada, pelo baixo índice de umidade do ar.
Para o alarme não soar também dentro de casa, há opções
tão eficientes quanto espalhar
vasilhas com água nos ambientes, porém mais decorativas.
Vasos baixos, de boca larga,
que podem ser ornamentados
com flores, fazem o trabalho de
umidificação, comenta a arquiteta Fernanda Dabbur. É importante lembrar que a água
deve ser trocada duas vezes por
semana para evitar a dengue.
Integrar fontes e espelhos-d'água à composição de espaços
é a dica da arquiteta Glaucya
Taraskevicius: "A água circula e
umedece o ar", afirma.
Mas, na hora de umidificar o
ambiente doméstico, é preciso
atenção para não criar um outro problema: o mofo.
"Se você umidifica o ambiente, pode dar condições de proliferação para fungos e ácaros",
alerta Rita Salomão, da Microbiotécnica, consultoria de higiene e saneamento ambiental.
Para o arquiteto João Armentano, a ventilação natural é
a saída mais eficaz. "Há soluções de ventilação cruzada,
com duas aberturas paralelas."
Se a estrutura da casa não
permite esse artifício, há a escolha do purificador de ar. Esse
tipo de aparelho promete agir
contra a inalação de esporos
dos fungos e pode ser comprado por a partir de R$ 100.
Uma opção mais cara para
retirar o excesso de umidade é
o revestimento japonês Ecocarat (importado pela Maykon
Asnar; tel.: 0/xx/11/3262-0216;
a partir de R$ 160 o m2), citado
pela arquiteta Carol Farah.
Regiões
A Cetesb (Companhia de
Tecnologia de Saneamento
Ambiental) anualmente faz
medições no inverno e verifica
os dias de pior qualidade do ar.
A proximidade de importantes corredores de trânsito está
fortemente relacionada aos
pontos mais comprometidos.
Para o responsável pelo Laboratório de Poluição Ambiental da Faculdade de Medicina
da USP (Universidade de São
Paulo), Paulo Saldiva, não deveria haver moradias num raio
de 100 m de grandes avenidas.
Como a distância mínima de
reserva não parece viável em
São Paulo, Saldiva aconselha
atenção às plantas da região na
escolha de um imóvel.
O tronco de árvore com uma
parte muito mais escura ou
com poucos líquens na região
frontal à via ou, ainda, poucas
folhas do lado da planta direcionado ao tráfego indicam alta
concentração de poluentes.
Em Moema (zona sul), a psicóloga Carmela Ângelo, 49, decorou seu apartamento pensando no combate à poluição.
O sofá de chenile foi revestido de sarja de algodão e é lavado a cada 20 dias, assim como
as cortinas de "voile". Os pufes
e as cadeiras da sala são de couro -um pano úmido é suficiente para tirar o pó; o tapete é de
fibras antialérgicas.
(CRISTIANE CAPUCHINHO E ROSANGELA DE MOURA)
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