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Cuidados com o terreno, com a confecção dos bolsões e com a impermeabilização esticam a vida útil dos tanques
Execução desatenta manda tudo pelo ralo
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Para relaxar -e não estressar- com a piscina nova, é preciso ficar atento na etapa de execução. Afinal, qualquer descuido na
estrutura acaba vindo à tona, estragando o revestimento.
"O segredo do vinil é desempenar bem as paredes e o piso", comenta Ronald Almendra Filho,
diretor da Planeta Água Piscinas.
Isso porque, se o bolsão de vinil
encontrar irregularidades na superfície, pode rasgar mais facilmente. O ingrediente usado para
aplainar a área é a vermiculita.
"A vermiculita e a manta distribuem a umidade pela alvenaria
em caso de vazamento, evitando a
formação de bolhas e de rugas",
conta Rodrigo Pinheiro, 27, coordenador comercial da Sibrape. O
vazamento, então, é detectado pela observação do nível da água.
O vinil requer atenção na hora
de tirar as medidas da piscina para fazer o bolsão. "Se ficar pequeno, será esticado, o que diminui a
vida útil; grande demais, apresenta rugas", arremata Pinheiro.
A piscina de fibra de vidro já
vem pronta, mas Almendra Filho
sugere aplainar mais a base de
concreto, usando cimento e areia.
Como tem boa resistência, depois
de instalada requer o cuidado de
usar produtos químicos sem exagero, para evitar desbotamento.
"Se a fibra de vidro descolorir,
pode ser pintada por empresa especializada", explica Walmir Augusto Baptista, 45, gerente de vendas da Ouro Preto Piscinas.
A manta de PVC pede boa estrutura para evitar fissuras causadas pela movimentação do "tanque" de concreto e cuidado com
objetos cortantes. O processo de
instalação é semelhante ao do vinil; a diferença é que as mantas
são soldadas na própria piscina.
Impermeabilização
O PVC, o vinil e a fibra de vidro
dispensam impermeabilizantes,
já que os próprios materiais desempenham essa função. Mas, na
execução de piscinas de alvenaria
(com paredes de blocos de concreto) e de concreto armado, essa
etapa deve ser bem caprichada.
"É importante que a laje e as paredes sejam feitas do mesmo material, porque, como o conjunto
vibra, isso diminui o risco de fissuras", alerta Eliene Ventura da
Costa, 38, engenheira do departamento técnico da Otto Baumgart.
Ela reforça que piscinas enterradas precisam de impermeabilização rígida (como chapisco ou argamassa aditivada com "repelentes" de água). Se forem elevadas, o
impermeabilizante deve ser flexível (como manta asfáltica).
Depois desse processo, deve-se
encher a piscina, cobri-la e observar o nível da água por uma semana. Se diminuir, significa que
houve vazamento.
A atenção ao terreno é fundamental para evitar infiltrações. "A
piscina de concreto armado é a
mais resistente e a mais difícil de
sofrer vazamentos", diz Almendra Filho. Se a piscina não estiver
enterrada no solo, deve-se reforçar a alvenaria com mais vigas e
fazer colunas mais próximas.
Vida útil
Piscinas de concreto armado e
alvenaria são as mais longevas. Se
bem-feitas e conservadas, podem
durar mais de 30 anos.
As de fibra de vidro e as de PVC
também têm vida longa. A estrutura e a coloração das primeiras
geralmente se mantêm por dez
anos. Segundo a Baden, as de
PVC resistem por 20 anos, em
média. A garantia da empresa é de
cinco (manta nacional) a dez anos
(manta importada).
O bolsão de vinil desbota e pede
troca em cinco anos. Custa, em
média, R$ 6.000 (4 m x 8 m). "A
estrutura dura 20 anos", diz Nadina Rodriguez, gerente do departamento técnico da Delta Vinil.
"Já vi piscinas de concreto com
vazamento após quatro anos e
outras de vinil com mais de dez",
pondera Kaumer Rodrigues, 68,
superintendente da Anapp (associação dos fabricantes e construtores de piscinas).
(BMF)
Baden: 0/xx/11/6676-4225; Delta Vinil: 0/xx/11/4411-0016; Ouro Preto
Piscinas: 0/xx/11/ 4012-7310; Planeta
Água: 0/ xx/11/4412-9444; Sibrape:
0800-183737; Sodramar: 0800-7722337
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