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Organização e funcionalidade dão toque paterno a projetos de decoração
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ao pensar um ambiente paterno, o caráter estético deve
ser casado a outro requisito de
igual importância: o conforto.
Assim, a organização e a funcionalidade do local falam alto nas
escolhas para sua composição.
Rômulo Russi, arquiteto e
docente de design de interiores
do Senac São Paulo, explica
que, em geral, os cantos mais
pedidos pelos pais são "mini-home office", bar ou um espaço
para leitura -todos na sala.
"Eles até vão às compras e já
sabem o que querem. Não escolhem mais pufes para o bar,
pois sabem que são desconfortáveis", exemplifica.
Outra preferência é por itens
de design clean, caso de luminárias cromadas, pontua Russi.
"Eles gostam desse tipo de acabamento", aponta.
Na linha da funcionalidade
-e para ficar mais perto dos filhos-, o empresário Marcus
Mota, 57, investiu cerca de
R$ 17 mil em uma cozinha
gourmet nova e derrubou uma
parede para integrá-la à sala.
"Eu queria que ficasse funcional, com utensílios à mostra", conta. "Comprei os equipamentos que queria: um
"cooktop" [fogão de mesa], um
forno de embutir e uma bancada para toda a família e convidados", descreve.
Com a reforma, o pai e cozinheiro oficial da casa consegue
conversar mais com as filhas.
"Antes eu tinha que ficar gritando para elas me ouvirem.
Agora elas ficam do meu lado
enquanto assistem a seus programas de TV", diz.
Para o projeto dessa cozinha
masculina, a preferência foi por
madeiras escuras, tanto no piso
como nos revestimentos dos
armários. As cores das paredes
são sóbrias, como bege e palha.
Na parede, apenas um quadro, dado de presente pela caçula quando ela ainda freqüentava o ensino infantil.
A arquiteta Denise Monteiro
ressalta a "masculinidade" das
escolhas de Mota.
Arte com significado
"A presença de cores como
essas são mais comuns para os
homens. Eles também apostam
em obras de arte com significado, como um objeto trazido de
viagem ou que tenha sido dado
de presente", aponta.
Para um pai arquiteto, como
é o caso de Robert Weigt, 43,
um canto na casa que fosse a
sua cara não seria um grande
desafio. "É no living que eu me
concentro e trabalho", ressalta.
E é numa poltrona de design
Barcelona que ele desfruta da
companhia de sua única filha,
de sete anos. "Leio sozinho ou
com ela. Também é onde tomo
meu licor", conta.
(MARIANA DESIMONE)
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