São Paulo, domingo, 15 de setembro de 2002 |
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IMPERMEABILIZAÇÃO Soluções mágicas pouco resolvem quando o assunto é a proteção da casa contra as chuvas de verão Quem planta improviso colhe tempestade
FABIANA CIMIERI FREE-LANCE PARA A FOLHA Infiltrações, goteiras, manchas de bolor e paredes descascando são as provas de que a umidade invadiu sua casa. Esses sinais são evidenciados durante o verão, quando a maior quantidade de chuvas causa transtornos e prejuízos para o morador. Ao primeiro sinal de vazamento, deve-se buscar a causa. Não adianta procurar paliativos ou soluções mágicas, recomenda Jéfferson Gabriolli, coordenador de projetos do IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização). Banheiro, cozinha, área de serviço, terraço, jardim, piscina e lajes expostas à chuva ou em contato com o solo são os pontos mais vulneráveis de uma residência. Um desses pontos atormentou a vida do industrial José Eduardo de Oliveira. Ele impermeabilizou a laje de sua garagem com material inadequado. Por isso Oliveira sofreu por três verões com chuvas que inundavam a garagem e estragavam a pintura dos carros. Ele resolveu o problema há um ano, após ter buscado ajuda especializada. Mas até hoje, sempre que chove, Oliveira diz ter o ímpeto de correr para colocar a lona que usava para proteger os automóveis: "Fiquei traumatizado". Além do dano a objetos, reformar torna o custo da impermeabilização cinco vezes maior do que se ela tivesse sido feita durante a construção, calcula Gabriolli. Diagnóstico Os produtos impermeabilizantes são aplicados diretamente na alvenaria, o que nas reformas significa quebrar o revestimento -pisos e paredes-, inutilizando-o, e comprar um novo. Para evitar falhas e resolver definitivamente o problema, a obra deve ser feita por profissionais especializados. O diagnóstico e a execução são fases essenciais para o sucesso de uma reforma. É bom tomar cuidado com profissionais do tipo "faz tudo". Eles podem ter impermeabilizado uma piscina sob orientação de um especialista e achar que sabem fazer uma laje. Só um técnico pode determinar o material específico para cada local. "Por princípio, é preciso impermeabilizar todos os locais expostos, mesmo que de forma transitória, à água ou a outros líquidos", recomenda o engenheiro civil Lourenço Granato, diretor comercial da Casa Seca. "Numa reforma, serão desenvolvidos sistemas para evitar danos estruturais na edificação e garantir a saúde dos moradores", completa Granato. E o risco à saúde também é lembrado por Alexandre Baumgart, diretor técnico e comercial da Otto Baumgart, empresa especializada em impermeabilizantes. Ele lembra que a umidade caseira é uma das causas de alergia. Danos estruturais José Roberto, filho da aposentada Natalina Torsani, 61, comprou no ano passado uma casa em Valinhos (85 km a noroeste de São Paulo). Quando eles se mudaram, o imóvel já exibia manchas nas paredes em contato com o solo. "Não incomoda, mas fica meio feio", diz Torsani, que acrescenta que a reforma não foi feita ainda por "falta de tempo". Segundo os especialistas, filho e mãe têm motivos para se preocupar. Quando uma infiltração aparece, é sinal de que a umidade já está causando danos ao imóvel. Segundo Granato, o maior deles é a corrosão das armaduras da estrutura de concreto armado. Além do vazamento e da infiltração, que danificam móveis e objetos de decoração, a umidade propicia a formação de bolor, que é prejudicial à saúde. ONDE ENCONTRAR Ajuda especializada: IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização): 0/xx/11/3255-2506 Empresas de serviços: Casa Seca (impermeabilização): 0/xx/ 11/5581-7933 Consolação (reparos emergenciais de telhados, limpeza de calhas e de condutores): 0/xx/11/ 3159-0000 Próximo Texto: Trabalho bem-feito dura até meio século Índice |
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