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SALDÃO "BARATEIA" QUALIDADE
Ler a embalagem assegura uniformidade
Para evitar variações de tamanho e de cor de um revestimento, todas as caixas devem ser do mesmo lote
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Antes de adquirir um revestimento para a casa, os cuidados
vão muito além da escolha do
design ou da cor das peças.
A primeira providência é
anotar as medidas do local onde será aplicado o produto.
Cheque na embalagem ou
confirme com o vendedor a
área que pode ser coberta pelas
peças em cada caixa e, por precaução, compre sempre 10% a
mais, que servirão de reserva
para pequenos acidentes na
instalação ou depois dela.
Ana Paula Menegazzo, superintendente do CCB (Centro
Cerâmico do Brasil), lembra
que qualquer queda de faca ou
martelo no piso da cozinha, por
exemplo, trinca o produto. Assim, é preciso sempre ter algumas sobras do mesmo lote.
Outra preocupação é conferir o número do lote e a data de
fabricação: devem ser iguais em
todas as caixas adquiridas para
revestir um mesmo local.
Essas dicas evitam que o revestimento apresente variações de cor ou de tamanho,
mais comumente observadas
depois da colocação.
Daniel Durante, coordenador da qualidade de garantia da
fabricante Eliane, conta que a
maioria das dúvidas dos consumidores está esclarecida na
embalagem. "A principal incerteza é sobre que argamassa, colante e rejuntamento usar para
assentar o produto", comenta.
"É importante saber que, para cada tamanho de revestimento, há uma especificação de
rejunte, em milímetros."
Durante relata ainda que
uma das principais queixas diz
respeito a descolamentos e
trincas. Para evitá-los, recomenda-se a contratação de um
profissional que conheça as
normas de assentamento.
Pisos de paredes e revestimentos de fachadas seguem regras diferentes; junta e dilatação devem ser bem-feitas para
evitar descolamentos.
Manchas
Outra reclamação se refere a
manchas que aparecem no produto e que, na maioria das vezes, devem-se a produtos de
limpeza inadequados, com algum tipo de ácido na fórmula.
"É preciso usar produtos
neutros, como saponáceo cremoso", orienta Durante.
"Usar a força das mãos para
tirar manchas só faz com que
elas aumentem, principalmente em revestimentos que imitam pedras", complementa.
Para quem pode investir um
pouco mais, Menegazzo recomenda revestimentos que
atendam a todos os requisitos
de normas técnicas.
"Quando o revestimento não
cumpre uma das normas de fabricação, ele não é classificado
como um produto de qualidade
A ou extra", comenta.
"Prefiro pagar R$ 5 a mais
por um revestimento que seja
de uma marca em que confio",
afirma o publicitário Edson
Coelho. Com sua mulher, Sandra, ele escolhe peças para reformar sua casa de praia.
No caso dos porcelanatos,
Menegazzo lembra que o Brasil
tem uma norma específica e
bastante rígida para este tipo
de material, regra que não existe em outros países.
O alerta serve na hora de
comprar produtos importados,
pois o porcelanato argentino,
por exemplo, pode não atender
ao padrão brasileiro.
(RM)
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