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DECORAÇÃO
Na lavanderia, porta-sucos armazenam amaciante; na sala de estar, "dry wall" ganha revestimento rústico
Soluções trazem praticidade e novos ares
FREE-LANCE PARA A FOLHA
"Lavanderia não é hospital",
protesta a designer de interiores
Viviane Magri Dinamarco, 38,
uma das estreantes da Casa Cor
2004. Como reflete sua afirmação,
brincar com a concepção dos
ambientes foi outra tônica dos
profissionais que participam pela
primeira vez da mostra.
Em sua lavanderia há espaço
para toques descontraídos, como
as esculturas "Namoradeiras",
dispostas em janelas do tipo baia,
que "dão um ar de interior", o baleiro que abriga produtos em pó
para limpeza e os porta-sucos que
armazenam o amaciante.
Os painéis de buriti do artesão
piauiense Abraão Cavalcanti também se destacam na "paisagem".
Uma dica da decoradora é sobrepor o tanque a uma bancada. "Assim, o balde que estiver sendo
usado ficará na altura certa de
quem estiver trabalhando", diz.
O piso é uma colagem de mármores de Carrara, travertino e nacional especial. "A iluminação é
indireta, com luminárias em canaletas que correm o ambiente."
"É tudo mentira"
Vale a pena destacar ainda a sala
de estar criada pelo arquiteto
Marcelo Rosembaum. Ele experimenta sua segunda presença na
Casa Cor (participou dela em
2003) com uma atmosfera cheia
de personalidade.
O espaço é ousado. O tratamento das paredes deixa o "dry wall"
(gesso acartonado) ao natural,
mas elas recebem, vez ou outra,
pinceladas de branco e desenhos
infantis, conferindo um ar rústico
ao revestimento.
Completam o cenário prateleiras recheadas de livros e "art toys"
(brinquedos e bonecos para adultos feitos por designers e artistas
plásticos), uma TV de plasma,
a nova luminária da La Lampe
pendurada ao lado do sofá e
almofadas estampadas com frases
como "É tudo mentira". "É um
espaço simples, sincero e real, em
que a alma assume o papel decorativo", afirma Rosembaum.
Quarto pop
A Casa de Boneca marca a estréia da decoradora de interiores
uruguaia Emilia Garcia, 54. No espaço, o cheiro de "tutti-frutti" revela um "ar contemporâneo, com
tendências orientais, representadas pelos círculos, como as janelas, e com referências da vida pop,
como a tela de plasma e o computador". Os círculos também estão
na luminária de papel de arroz e
nos móbiles assinados pelos irmãos Campana.
Entre as boas soluções que a
designer deu ao espaço estão a
resistente pintura tipo "gofrato"
(fórmica líquida) da bancada,
a pintura à mão dos tecidos dos
pufes e do futon e o uso do acrílico
na frente das caixas, o que permite ver o que elas contêm.
Já os arquitetos Carlos Henrique Oliveira Nascimento, 45, e
Renato Vieira de Almeida Barbosa, 45, trouxeram de Sumaré (120
km a noroeste de São Paulo) a
suntuosidade do estilo clássico
com um toque de modernidade.
A dupla optou pelo veludo molhado francês na porção inferior
das paredes da sala e copa
de hóspedes, finalizado por
um rodameio branco de poliuretano. Na parte superior da parede,
foi usada uma textura Marmo-
ratto (Suvinil) e um estêncil assinado pelas artistas plásticas Ana
Lucia Galgani e Cida Dotori.
O ambiente tem ainda móveis
de madeira, como a mesa italiana
Tovaglia, esculpida em uma peça
única por artesãos vênetos (nativos da atual região da Bretanha,
na França), peças de mármore e
outros móveis do Empório La
Poltrona, de Vinhedo (79 km a
noroeste de São Paulo).
(NATHALIA BARBOZA)
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