São Paulo, domingo, 20 de abril de 2003 |
Próximo Texto | Índice
FACHADA Especialistas dão dicas para instalar modelos que fujam do convencional sem comprometer a decoração da casa Portas espelham a personalidade do dono
FREE-LANCE PARA A FOLHA A diferença entre uma boa porta e outra com a cara do dono é parecida com a que separa o terno de grife de um feito por alfaiate. E há consumidores que, interessados em personalizar a casa, estão optando pela segunda hipótese. Para eles, arquitetos e designers dão dicas de como dar a sua cara à porta. As novidades para enfeitar a fachada não se concentram nas matérias-primas, que, tendo a madeira como campeã da preferência, são basicamente os metais (como o ferro, o alumínio e o aço inox), o vidro e o PVC. O que conta na hora de incrementar a fachada é a criatividade na combinação desses materiais, seguindo o estilo da casa ou funcionando como contraponto. "Uma casa moderna com uma porta antiga, como a de pinho-de-riga, fica superbonito", sugere a arquiteta Flávia Ralston. Mas, para algumas pessoas, não é só a beleza que interessa. É o caso de Lakhi Daswani, proprietário do restaurante Tandoor. Ele trouxe da Índia uma porta de metais de 280 kg. Réplica da usada em um palácio indiano, precisou de seis meses para ficar pronta. Materiais Outros adeptos do estilo oriental também podem optar por modelos em vidro e ferro, segundo o arquiteto Nelson Lojo. "Acompanha bem a decoração, mas sai caro, porque é difícil conseguir mão-de-obra especializada", diz. Por outro lado, detalhes dão um toque pessoal. A designer de interiores Cilene Monteiro Lupi, por exemplo, investe em modelos insulados, ou seja, duas chapas de vidro com persianas entre elas. "Controlam a privacidade sem prejudicar a luminosidade." O arquiteto Antonio Ferreira Junior, 43, aposta que, em se tratando de portas, tamanho é documento. "Portas altas e largas dão mais amplidão aos ambientes, especialmente aos pequenos." Enfeitar a fachada com uma porta personalizada não sai barato. Os modelos caprichados custam, em média, de R$ 2.000 a R$ 5.000, mas o preço de exemplares mais singulares pode chegar a R$ 30 mil. Desses materiais, o aço é considerado o mais caro. A madeira é a opção mais econômica, não só porque o material é mais barato, mas porque a mão-de-obra também custa menos. Além disso, ela é versátil e se adapta a projetos antigos ou contemporâneos. E, por falar em tradição e modernidade, os clientes mais arrojados optam por ferro pintado, aço inox (ou oxidado) e combinações de metais e vidro, enquanto as portas da velha-guarda geralmente são feitas em ferro forjado ou madeira entalhada. Para quem prefere modelos mais leves, a madeira maciça pode dar lugar a compensados, desde que protegidos de intempéries. "Vidros e estruturas em aço e ferro ou alumínio anodizado [com camada protetora] são opções para suavizar a porta", diz a arquiteta Maria Fernanda Sanchez. O PVC também possibilita a personalização (em 16 cores), recebe blindagem, pode compor com vidro e até imitar a madeira. O custo de uma porta varia de R$ 3.000 a R$ 15 mil, de acordo com Marcelo Miramontes, 40, diretor-executivo da Europvc. Mas, antes de rasgar a parede, quem mora em prédios precisa consultar o condomínio. "Quando não altera o estilo do hall ou há um apartamento por andar, geralmente não há problema", diz o decorador Fernando Piva, 32. (BRUNA MARTINS FONTES) ONDE ENCONTRAR Antonio Ferreira Junior: 0/xx/11/289-5066; Cilene Monteiro Lupi: 0/xx/11/3062-6253; Europvc: 0/xx/11/3947-2680; Fernando Piva: 0/xx/11/3168-1711; Flávia Ralston: 0/xx/11/5052-9272; Isabela Giobbi: 0/xx/11/3083-0631; Maria Fernanda Sanchez: 0/xx/ 11/3079-9620; Nelson Lojo: 0/xx/11/ 5055-3151 Próximo Texto: Fachada dispensa o jeitão de caixa-forte Índice |
|