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ATUALIZAÇÃO
Paredes de gesso acartonado, tubulação hidráulica Pex e sistema de aquecimento solar são adaptáveis a qualquer residência, sem restrições de idade, desde que sejam feitas algumas adaptações
Casas velhas recebem novas tecnologias
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Que é bom ter o que há de mais
moderno em casa todo mundo
sabe, resta avaliar se a idade do
imóvel aceita novos materiais e se
o bolso suporta bancá-los.
A Folha checou com especialistas e empresas do ramo se é viável
implantar três tecnologias na reforma: a tubulação hidráulica flexível Pex, as paredes de gesso
acartonado -conhecidas por
"dry wall"- e o mais "velhinho",
porém atualíssimo, sistema de
aquecimento solar.
Quem vai acrescentar o aparelho nas contas da reforma deve
verificar se as condições da construção são favoráveis para o seu
funcionamento. Dois itens a serem observados são a existência
de um aquecedor central e se o tamanho do boiler é compatível.
"Geralmente não é, pois o sistema solar precisa de volume maior
que os outros", avisa Sérgio Vasconcelos, 34, coordenador do departamento de engenharia da Soletrol, empresa do ramo.
Segundo ele, um kit que inclui
coletor e reservatório sai por cerca
de R$ 2.000. A mão-de-obra para
instalação mais o adaptador custam em torno de R$ 250.
Pelos canos
Menos conhecido, o Pex é um
sistema de tubulação flexível por
onde corre a água que abastece a
residência. A arquiteta Cristina
Ferreira, 44, optou pelo sistema
devido à rapidez de instalação e à
praticidade de manutenção. No
caso de vazamento não há quebra-quebra nas paredes, mas troca das mangueiras pelo "shaft"
-painel com tubulação exposta.
"Em uma reforma a junção com
outros sistemas é feita com rosca,
sem problemas", diz Miguel Bazan, 44, encarregado de desenvolvimento de negócios da Astra.
A Sanhidrel, companhia especialista em instalações hidráulicas
calculou os preços para uma residência de 123 m2 com quatro banheiros, cozinha e lavanderia.
De acordo com a empresa, a
parte hidráulica em Pex custaria
cerca de R$ 2.714 e demoraria 76
horas para ser concluída. Se feita
com PVC e cobre, o preço total ficaria em torno de R$ 1.669, e a
obra levaria 97 horas.
De rápida instalação, as paredes
de gesso acartonado já ocupam as
divisórias das casas. Na reforma
da sua residência, o arquiteto Toninho Noronha, 56, não hesitou
em tapar os espaços que antes
eram portas com o "dry wall".
Já o arquiteto Luiz Bloch, 56,
instalou o gesso acartonado no teto como solução para o desempenho acústico do apartamento.
"Os tamancos das vizinhas de cima incomodavam", conta.
Segundo a Addor Consultoria,
especializada no assunto, uma parede de blocos cerâmicos revestida custa de R$ 30 a R$ 40, por m2.
Já a de "dry wall" varia de R$ 30 a
R$ 60.
(ANDREA MIRAMONTES)
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