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Embora não seja obrigatório, aterramento previne acidentes; ligação externa só depende de telefonema
"Esquecido", fio terra protege a casa
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Muitas vezes desprezado na
construção, o fio terra em casa é
uma questão de segurança. Para
fazer a ligação, é cravada uma estaca de cobre na terra e
dela sai o condutor a ser distribuído. Os aparelhos são plugados nele pela tomada de três pólos.
Assim, em vez de a fuga de corrente ir para o corpo humano,
desvia-se, evitando a forte descarga. Há também o DR (dispositivo
de corrente diferencial residual),
que se desarma em caso de fuga
de corrente, evitando o choque.
"Pessoas morrem "do nada", no
banho, e a causa da morte é identificada como parada cardíaca.
Mas ninguém explica o porquê
disso. Boa parte é devido a um
choque", afirma o engenheiro eletricista Paulo Barreto, coordenador da divisão de sistemas prediais do Instituto de Engenharia.
Barreto já foi perito em processos judiciais que envolvem mortes decorrentes de choques. Um
deles foi a do advogado Maurício
Gonçalves Van Moorsel. "Enquanto lavava o chão com uma
máquina de pressão de água, e ao
ficar com um pé no seco e outro
no molhado, recebeu a descarga
elétrica e caiu", conta o irmão, o
dentista Renato Baldassare Moorsel. Além de ter sido provado
um problema no aparelho, a ligação não tinha aterramento.
Ligação externa
Embora seja recomendável, não
é preciso ter o fio terra para solicitar a ligação de eletricidade da rede pública. Para pedir, basta telefonar, e o serviço é gratuito.
"A instalação tem de estar pronta para receber a conexão. É preciso respeitar as normas da concessionária, como a altura correta do
poste interno e o padrão da caixa
do medidor", afirma Rubens Leme Filho, analista de marketing
da Eletropaulo.
Se, no momento em que o funcionário for realizar a ligação, as
normas não tiverem sido respeitadas, é cobrada uma taxa de
R$ 3,75 para nova visita. (AM)
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