São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2003 |
Próximo Texto | Índice
Arquitetos e artesãos trabalham juntos no Piauí para deixarpeças tradicionais mais chiques ARMANDO PEREIRA FILHO ENVIADO ESPECIAL A TERESINA (PI) Leve o artesanato da casa de campo ou de praia para a sala de estar de sua residência principal sem causar conflito de estilos. Basta um toque certo na peça pa- ra transformá-la num objeto de requinte que combine com ambientes mais sofisticados. Essa é a idéia que decoradores e arquitetos propõem para valorizar formas e texturas nacionais e populares. O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) promoveu dois eventos para estimular esse passo adiante do artesanato nacional. O primeiro foi o Casa Piauí Design, em Teresina, em agosto e setembro. O outro foi a mostra e feira de artesanato Arte da Terra, realizada em setembro, em São Paulo, que contou com a participação de 26 Estados. Nos dois casos, a idéia foi misturar técnicas e idéias, dando novas formas a materiais tradicionalmente usados pelos artesãos. Por exemplo, uma máscara de cerâmica pode receber uma base de aço escovado e ganhar um tom bem mais sofisticado, permitindo seu uso em ambientes diferentes. De acordo com o arquiteto Julio Medeiros, consultor e curador da mostra Casa Piauí, organizada pelo Sebrae-PI (www.pi.sebrae.com.br/artesanato), "o objetivo é integrar artesãos, arquitetos, designers e decoradores para dar alto valor, agregando, melhorando a competitividade". A arquiteta Janete Costa diz que os profissionais brasileiros valorizam muito o material importado e ignoram a produção nacional. "Geralmente, os designers só valorizam o desenho italiano. Fibras do Maranhão e da Bahia são exportadas para a Itália e compradas como se fossem italianas. Temos tudo aqui para fazer algo com a cara brasileira." Armando Pereira Filho, editor-assistente de Veículos e Construção, viajou a convite do Sebrae-PI Próximo Texto: Mistura de ambientes requer equilíbrio Índice |
|