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APERTO
Distribuição dos móveis exige o uso da fita métrica, que deve registrar um vão de no mínimo 60 cm entre as peças
Sofá e sala de jantar são os vilões da falta de espaço em casa
BRUNA MARTINS FONTES
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Sentar no sofá novo sem bater
o joelho na mesa de centro e depois jantar espaçosamente com a
família toda à mesa parece um
prazer simples. Na prática, porém, muitas vezes ele se torna irrealizável por causa de um longilíneo detalhe: a fita métrica.
Especialmente porque esses,
segundo arquitetos e decoradores, são os dois móveis mais difíceis de entrar -e caber- em casa: o sofá e o conjunto de jantar.
"O erro mais comum é não
acertar no dimensionamento das
peças", avalia a arquiteta Melissa
Wagman, 25. Não adianta insistir
em dois sofás ou na mesa de centro se não houver 60 cm entre eles.
Decoração indigesta
Outro erro bastante cometido,
apontado por profissionais da decoração, é abusar da mesa de jantar. Afinal, onde comem quatro
nem sempre comem seis.
"Todos querem uma mesa
grande, mas nem sempre cabem
seis cadeiras, então é melhor optar por quatro", diz Gustavo Fernando de Carvalho, 26, diretor da
loja de móveis Decorsul.
Para calcular o número de cadeiras, profissionais recomendam reservar pelo menos 65 cm
para cada uma. Mais especificamente, eles sugerem medir a distância horizontal ocupada pelos
braços durante a refeição.
Na opinião da decoradora Rosita Zylberstajn, 50, para ficar confortável em um ambiente médio,
é preciso deixar 40 cm entre a borda da mesa e o espaldar e 60 cm
entre o espaldar e a parede.
Planejamento
Nem sempre é possível acreditar apenas na planta. "Deve-se
medir a parede em cinco pontos
diferentes, porque ela pode não
estar no prumo, e há o risco de a
estante ficar torta", diz Carvalho.
Feita essa planta simples, é preciso calcular a área ocupada pelos
móveis, deixando folgas para obter boa circulação. A distância mínima deve ser de 60 cm.
Depois de escolhido o modelo
que atenda bem às necessidades
do espaço, as cores entram em
campo. "As pessoas erram muito
escolhendo tons escuros para ambientes pequenos", opina Wagman. Ela prefere os neutros.
O arquiteto Luís Augusto Garçon, 38, também é adepto dos
tons neutros, mas afirma que, se o
piso for claro, um móvel escuro
"pode dar um contraste interessante". "Quando o piso é de madeira, usar materiais como o vidro e o aço dá equilíbrio."
Para a arquiteta Flávia Ralston,
42, móveis escuros e cores vibrantes vão bem com paredes brancas
e pisos claros. "Um sofá vermelho
fica ótimo numa sala branca."
""Não se pode esquecer de ver
como as peças se desmontam e
saber se passam pela porta e outros espaços", arremata Carvalho.
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