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ÁREAS EXTERNAS
Sol e chuva empurram madeira para dentro de casa
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Se dentro de casa o uso de pisos
frios fica restrito a banheiro, cozinha e área de serviço, do lado de
fora não tem como fugir: madeiras, carpetes e laminados são, salvo raras exceções, pouco resistentes à ação do sol e da chuva.
E essa não é a única recomendação na hora da compra. Por causa
da gordura, é impossível pensar,
por exemplo, em churrasqueira
com pisos porosos. Pastilhas de
vidro ou cerâmicas muito pequenas também devem ser evitadas.
"Não pelo material de que são
feitas, mas pela quantidade de rejunte, o que dificulta a limpeza",
adverte a arquiteta Ana Limongi.
Bordas de piscina requerem
ainda mais cuidados. O uso de piso antiderrapante e refratário é
obrigatório. Daí a preferência por
materiais porosos e claros, como
a pedra mineira, o arenito ou o
"solariun" (lajota de concreto que
mede cerca de 50 cm x 50 cm).
Nas sacadas, se já existe piso frio
no quarto ou na sala e se a intenção for aumentar o tamanho do
espaço, o melhor é usar o mesmo
tipo de revestimento, cerâmicas,
mármores ou pastilhas de vidro,
no caso. Assim, cria-se um novo
ambiente, que pode servir até como jardim de inverno.
Além das regras básicas, é preciso considerar o estilo da casa. Nas
mais simples, os indicados são cimento queimado, cerâmicas rústicas, ladrilho hidráulico e pedras.
Nas sofisticadas, cerâmicas e
porcelanatos esmaltados, sempre
antiderrapantes. E, nas ainda
mais nobres, mármore e granito,
que precisam de tratamento impermeabilizante.
"Impermeabilizar uma pedra é
um risco", avisa o arquiteto Walter Saad, 43. "O tratamento pode
alterar completamente a textura.
E só quem decide se vai valer a pena é o cliente, que muitas vezes
não abre mão da escolha."
Outros materiais
Há ainda quem opte por colocar
peças que antes eram vistas apenas em ambientes comerciais. É o
caso dos vidros. Usados, por
exemplo, no chão de mezaninos,
salas ou quartos, eles são caros
(cerca de R$ 350 o mē).
A instalação, claro, depende do
tamanho do ambiente, mas não
costuma demorar mais de três ou
quatro horas. Temperados e laminados, são um sanduíche com recheio de película de plástico.
Segundo o engenheiro Guilherme Cerqueira, da Glaverbel, para
que a instalação não tenha problemas, o ideal é que seja feita sobre um contrapiso absolutamente
plano ou de estruturas metálicas.
Outra idéia são os pisos metálicos feitos de ferro, aço inox ou
alumínio. Adequados para lugares de tráfego intenso, costumam
ser extremamente resistentes, sobretudo se bem encaixados sobre
base de concreto.
O preço varia de acordo com
material e acabamento. Segundo
o serralheiro Nildo Pereira dos
Santos, 48, o mē do ferro -sem a
galvanização para evitar ferrugem- sai por R$ 40. O do alumínio, R$ 70, e do aço inox, R$ 120.
Opção mais barata é o chão de
cacos de azulejo. Nesse caso, deve
ser antiderrapante e ter a resistência ideal para suportar as necessidades do ambiente.
"É bastante artesanal. Por isso
fica em conta", diz o arquiteto
Alexandre Loureiro, 41. "E, se a
intenção for mesmo um piso barato, vale visitar fábricas e comprar material de refugo. As caixas
custam menos de R$ 5."
(FM)
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