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SP investiga 400 casos de compra de votos
Em cerca de 400 processos
em São Paulo, a Justiça busca
desvendar o motivo que levou
os políticos paulistas a distribuir presentes em ano eleitoral, como dentadura, dinheiro,
motor de carro, leite e até casa.
Para o procurador regional
eleitoral Luiz Carlos dos Santos
Gonçalves, 44, responsável por
garantir a licitude das eleições,
casos assim fazem de São Paulo
"o Estado onde mais se compra
e vende votos no país".
Muitos desses políticos estão
em cargos públicos e alguns já
se colocaram como pré-candidatos no pleito deste ano.
Os processos correm em sigilo, e os nomes dos candidatos
são preservados pela Justiça.
Segundo Gonçalves, há uma
dificuldade enorme para provar a negociação, porque o pedido tem de ser explícito: o candidato tem de dizer, sem meias palavras, que o "presente" precisa ser pago nas urnas.
Brasil A8
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