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PARANÁ
Três das vítimas eram crianças
Nove são amarrados e assassinados a tiros
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
Nove pessoas, entre elas três
crianças, foram mortas na noite
de anteontem em Colombo (região metropolitana de Curitiba)
em uma das maiores chacinas da
história do Estado do Paraná. As
vítimas foram amarradas, receberam golpes de picareta e depois
assassinadas a tiros.
O delegado distrital de Alto Maracanã (bairro de Colombo),
Messias Rosa, disse que a chacina
foi "horrorosa, brutal e insana".
Ele disse que o mais chocante foi
ver crianças de 4, 8 e 14 anos
amarradas e mortas. O crime
aconteceu por volta das 21h30 de
anteontem.
Os corpos foram encontrados
na casa de Hélio Dias Duarte, 51,
que já cumpriu pena por tráfico
de drogas, o que leva a polícia a
suspeitar de vingança ou acerto
de contas. Na última quinta-feira,
uma outra chacina, no bairro
Uberaba, em Curitiba, vitimou
cinco pessoas. A Polícia Civil não
descarta que as mortes de Colombo sejam uma retaliação pelas
cinco mortes de Curitiba.
Além de Hélio Dias Duarte, 51,
foram encontrados mortos sua
mulher, Joseane dos Santos, 29,
seus filhos Ricardo Aurélio Duarte, 29, e R.A.D.,14, S.S.D., 8, e
K.S.D., 4. Os outros mortos foram
a mãe de Duarte, Rosa Mendes
Duarte, 72, seu marido, Teófilo
Inácio de Pontes, 85, e um amigo
da família, Luciano Augusto Damaso, 27.
A nora de Duarte, Luciane Andrade, 22, mulher de Ricardo Aurélio Duarte, conseguiu fugir com
um bebê de menos de um ano e o
garoto C.S.D., 10. Luciane e o garoto fingiram que estavam mortos. Ambos foram internados em
um hospital.
A única pista da Polícia Civil era
o fato de vizinhos terem percebido a presença de motociclistas
próximos à casa de Hélio Dias
Duarte. A hipótese que leva a polícia a crer na ligação entre as chacinas de Colombo e a da última
quinta-feira, em Curitiba, é que
testemunhas teriam percebido
veículos com placas de Colombo
saindo do local das cinco mortes
no bairro Uberaba, na capital paranaense.
O delegado Rosa disse que será
fundamental o depoimento de
Luciane Andrade, a única adulta a
sobreviver à chacina. A expectativa é que ela possa prestar depoimento no início da semana, se seu
quadro clínico melhorar.
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