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ENTREVISTA
PATENTES
Unifesp investe em proteção da produção
DA REPORTAGEM LOCAL
Universidades brasileiras começam a investir em serviços de
proteção da atividade intelectual
na área de saúde.
Segundo a presidente da Comissão de Marketing Institucional da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Regina Stella,
os depósitos de patentes seguem a
tendência mundial e são feitos em
nome das universidades.
A Unifesp é responsável pela
maior produção no setor, com
mais de 31 mil trabalhos publicados entre 98 e 2000.
Folha - Como funciona o serviço?
Regina Stella - Oferecemos um
serviço de proteção das atividades
intelectuais da nossa comunidade
com a finalidade de valorizar as
universidades brasileiras e seus
pesquisadores. Dessa forma, evitamos a evasão da tecnologia nacional para o exterior, onde certamente seria patenteada. Seguimos a tendência mundial, que é o
depósito de patentes em nome
das universidades, como fazem as
instituições norte-americanas.
Outras universidades brasileiras também estão investindo em
núcleos como o nosso. Dois
exemplos de sucesso são a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Federal do
Rio Grande do Sul.
Além disso, o governo brasileiro, por meio do Instituto Nacional de Propriedade Industrial,
vem incentivando a criação dos
núcleos universitários.
Folha - Qual é a produção da universidade?
Regina - No triênio 1998/1999/
2000 publicamos 31.771 trabalhos
científicos derivados de pesquisas, o que representa a maior contribuição nacional na área.
Folha - O que é preciso para oferecer o serviço?
Regina - Para a formação do núcleo de atividades, ainda em fase
de instalação, a Unifesp investiu
na capacitação de sua assessoria
jurídica na área da propriedade
intelectual e de sua assessoria de
marketing.
Folha - A universidade já tem
quantos produtos patenteados?
Regina - A Unifesp tem em seu
nome sete depósitos de patentes
publicados, 14 registros de marcas e dois registros de programas
de computador.
As patentes protegem produtos
nas diversas áreas de pesquisa da
universidade, incluindo as áreas
de psicobiologia, de bioquímica,
de biofísica e de medicina preventiva, entre outras.
Dentre as patentes podemos
destacar as de produtos para
diagnóstico de doença de Chagas,
para proteção contra o desenvolvimento de úlcera gástrica e para
incremento de memória.
Além dessas patentes, por iniciativa dos órgãos de fomento de
pesquisas, como Fapesp e CNPQ,
dentre outros, foram depositadas
outras em nome dos pesquisadores ou desses órgãos.
Folha - Algum pesquisador já
conseguiu receber alguma coisa
pelos produtos?
Regina - Até agora nenhum pesquisador recebeu royalties diretamente da Unifesp, pois o núcleo é
relativamente novo.
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