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Governo fará consulta pública sobre restrição a anúncio de alimento
Segundo o ministro José Gomes Temporão (Saúde), medida vai abranger alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sal
Pesquisa da UnB aponta que propaganda deste tipo de alimentação é a mais comum na TV; ainda não há data para a consulta
LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE,
NO RIO
O ministro da Saúde, José
Gomes Temporão, confirmou
ontem a intenção de fazer uma
consulta pública sobre a restrição à publicidade de alimentos
com quantidades de açúcar, de
gorduras saturada e trans e de
sódio consideradas elevadas
pelo ministério.
Na semana passada, a pasta
de Temporão apresentou estudo realizado pela UnB (Universidade de Brasília) apontando
este tipo de propaganda como a
mais freqüente na televisão
brasileira.
A idéia, segundo o ministro, é
colocar em prática a proposta
de consulta pública da Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a oferta e a
propaganda e publicidade de
alimentos com alto teor de gorduras, de açúcar e de sal (presente no sódio).
Esse tipo de alimentação,
de acordo com Temporão, é
fator de risco para diversas
doenças, entre elas a hipertensão, o diabetes e as doenças
coronarianas.
Embora elogie a política de
apoio à redução da ingestão de
alimentos desse tipo, Temporão disse que não quer "tomar
decisões" antes da consulta.
"Vai ser feita a consulta pública. Vamos ouvir todo mundo
para depois poder tomar as decisões", declarou o ministro ontem, no Rio.
Ainda não há prazo estipulado para a realização da consulta
pública.
Fast-food
Estudo da UnB, divulgado na
semana passada, constatou que
18% de todas as propagandas de
alimentos eram dos chamados
fast-food, seguidos de guloseimas e sorvetes (17,%), refrigerantes e sucos artificiais (14%),
salgadinhos de pacote (13,%) e
biscoitos doces e bolos (10%).
A pesquisa analisou 128.525
peças publicitárias veiculadas
em 3.108 horas de programação
televisiva.
Dengue
Temporão fez um alerta a todos os governadores e aos prefeitos para que não interrompam os cuidados básicos de
combate à dengue.
Embora a epidemia diminua
naturalmente nos meses frios,
com a chegada do calor, a partir
do fim do ano, a tendência é que
o mosquito Aedes aegypti,
transmissor do mal, volte a se
reproduzir rapidamente.
"Nesta semana eu estou
mandando ofício a todos governadores, chamando atenção
para redobrar a vigilância, mobilizar a população e limpar as
cidades", afirmou o ministro.
"Só o trabalho continuado,
com muita informação, educação e mobilização da comunidade, vai permitir que nós tenhamos resultados melhores
no ano que vem."
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