São Paulo, quarta-feira, 02 de julho de 2008

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Governo fará consulta pública sobre restrição a anúncio de alimento

Segundo o ministro José Gomes Temporão (Saúde), medida vai abranger alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sal

Pesquisa da UnB aponta que propaganda deste tipo de alimentação é a mais comum na TV; ainda não há data para a consulta

LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE, NO RIO

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou ontem a intenção de fazer uma consulta pública sobre a restrição à publicidade de alimentos com quantidades de açúcar, de gorduras saturada e trans e de sódio consideradas elevadas pelo ministério.
Na semana passada, a pasta de Temporão apresentou estudo realizado pela UnB (Universidade de Brasília) apontando este tipo de propaganda como a mais freqüente na televisão brasileira.
A idéia, segundo o ministro, é colocar em prática a proposta de consulta pública da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a oferta e a propaganda e publicidade de alimentos com alto teor de gorduras, de açúcar e de sal (presente no sódio).
Esse tipo de alimentação, de acordo com Temporão, é fator de risco para diversas doenças, entre elas a hipertensão, o diabetes e as doenças coronarianas.
Embora elogie a política de apoio à redução da ingestão de alimentos desse tipo, Temporão disse que não quer "tomar decisões" antes da consulta.
"Vai ser feita a consulta pública. Vamos ouvir todo mundo para depois poder tomar as decisões", declarou o ministro ontem, no Rio.
Ainda não há prazo estipulado para a realização da consulta pública.

Fast-food
Estudo da UnB, divulgado na semana passada, constatou que 18% de todas as propagandas de alimentos eram dos chamados fast-food, seguidos de guloseimas e sorvetes (17,%), refrigerantes e sucos artificiais (14%), salgadinhos de pacote (13,%) e biscoitos doces e bolos (10%).
A pesquisa analisou 128.525 peças publicitárias veiculadas em 3.108 horas de programação televisiva.

Dengue
Temporão fez um alerta a todos os governadores e aos prefeitos para que não interrompam os cuidados básicos de combate à dengue.
Embora a epidemia diminua naturalmente nos meses frios, com a chegada do calor, a partir do fim do ano, a tendência é que o mosquito Aedes aegypti, transmissor do mal, volte a se reproduzir rapidamente.
"Nesta semana eu estou mandando ofício a todos governadores, chamando atenção para redobrar a vigilância, mobilizar a população e limpar as cidades", afirmou o ministro.
"Só o trabalho continuado, com muita informação, educação e mobilização da comunidade, vai permitir que nós tenhamos resultados melhores no ano que vem."


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