São Paulo, domingo, 02 de outubro de 2011 |
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LUIZ CARLOS MACHADO (1950-2011) Escurinho, ídolo do Internacional ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO Luiz Carlos Machado, o Escurinho, tinha uma especialidade: marcar de cabeça. Nos anos 70, o jogador se consagrou no Internacional de Porto Alegre (RS) por muitas vezes entrar no fim do segundo tempo e decidir a partida. De cabeça. Entre 1970 e 1976, ganhou com o time todos os Campeonatos Gaúchos. Porto-alegrense, filho de um estivador, começou a jogar aos 11 anos no Internacional. Nessa época, ganhou seu apelido, que nunca o incomodou, lembra o filho Cássio. Além dos títulos estaduais, conquistou com a camisa do Inter os brasileiros de 1975 e 1976. Ficou até 1977 no clube. Depois, defendeu, entre outros, o Palmeiras (foi vice-campeão brasileiro), Inter de Limeira, Coritiba, Bragantino e Vitória. Atuou ainda no Chile e no Equador, onde foi campeão nacional pelo Barcelona de Guayaquil, nos anos 80. Aposentado em 1986, abriu uma escolinha. Também treinou times, como o Ceará, e as categorias de base do Inter. Apaixonado por música, chegou a gravar um disco de samba -tocava violão, cavaquinho e pandeiro. Compôs até um hino para o colorado. Segundo a família, ele era brincalhão e vivia contando histórias dos vestiários. Sofria de diabetes e, por isso, teve de amputar parte das pernas. Para ajudá-lo, o Inter lançou uma camisa retrô, como a que ele usava, e reverteu as vendas para o jogador. Teve cinco filhos, sendo que dois jogaram bola -mas no Grêmio. Mesmo assim, dava muito apoio aos garotos. Morreu na terça-feira, aos 61, após sofrer uma parada cardíaca. Deixa três netos. Em novembro, segundo a família, sai uma biografia sua. coluna.obituario@uol.com.br Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Descontaminar área é processo que pode levar décadas Índice | Comunicar Erros |
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