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Reserva de vagas em universidades é alvo de polêmica
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ministro da Educação no
primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Cristovam
Buarque (PDT-DF) apoiou a
proposta da reserva de vagas
em instituições federais de
ensino superior e educação
profissional e tecnológica.
Ele é o presidente da Comissão de Educação do Senado.
"Precisamos prestigiar a
escola pública. Também sou
favorável às cotas para negros. Isso não é questão só de
educação. O Brasil tem uma
dívida histórica com os negros", disse Cristovam.
Já o deputado federal Paulo Renato Souza (PSDB-SP),
ministro da Educação durante o governo Fernando
Henrique Cardoso, defende
cotas sociais, mas é contra
reserva de vagas para negros.
"A cota racial dá um privilégio extra para aqueles que,
dentro do segmento racial,
têm maior renda", diz. Ele
afirma que irá propor uma
emenda ao projeto do governo que prevê cotas para negros dentro de outra cota de
50% para alunos de escolas
públicas. Paulo Renato defende que metade desse percentual seja ocupado por alunos com renda familiar de
até três salários mínimos.
"Temos hoje 90% dos estudantes na escola pública,
então o percentual de 50%
não é excessivo", afirmou.
Para ele, a regra fará com que
os alunos da rede pública
pressionem por melhor qualidade da escola, já que terão
maior chance de entrar em
uma universidade pública.
Integrante da Comissão da
Educação, o senador Inácio
Arruda (PC do B-CE) votou a
favor da proposta. "Temos de
reverter a reserva de vagas
que, na prática, existe para os
estudantes de escolas privadas", disse. "Hoje as escolas
da rede privada trabalham
com o objetivo de colocar
seus alunos no ensino superior público. Isso tem de mudar", afirmou.
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