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Tiroteio na Dutra mata 2 e atinge advogado
Polícia Federal diz que bandidos, em arrastão, tentaram assaltar carro com ao menos dois agentes, que reagiram
José Diniz Guidolim, 51, estava parado em seu Honda Civic quando foi baleado no pescoço, mas não corre risco de morrer
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um tiroteio entre policiais
federais e pelo menos 15 criminosos em um congestionamento na rodovia Presidente Dutra,
na zona norte da capital paulista, acabou com um advogado
baleado no pescoço e dois criminosos mortos. A troca de tiros aconteceu por volta das 19h
de anteontem, perto do acesso
à marginal Tietê.
Segundo a Polícia Federal, os
criminosos tentavam realizar
um arrastão nos motoristas dos
dois lados da rodovia quando
abordaram um carro descaracterizado com pelo menos dois
agentes. Eles retornavam de
uma missão, no interior de São
Paulo, para a Superintendência
da PF, na Lapa (zona oeste de
São Paulo).
Os policiais reagiram ao assalto e trocaram tiros com os
criminosos, que, segundo a PF
agiam armados. Os motoristas
presos no trânsito permaneceram em seus veículos durante a
troca de tiros, segundo relato
de testemunhas.
Dois dos criminosos foram
mortos na troca de tiros, segundo a PF, e os demais conseguiram escapar. A Polícia Civil informou, no entanto, que apenas um dos criminosos morreu.
O advogado José Diniz Guidolim, 51, estava parado no
congestionamento em seu
Honda Civic. Ele foi um dos
motoristas assaltados, segundo
a PF, e acabou sendo atingido
por um disparo no pescoço. A
PF não soube informar se o tiro
partiu da arma de um dos criminosos ou de um dos policiais.
Socorro
A promotora Berenice Correia Cherubini, do Ministério
Público de Mairiporã (Grande
São Paulo), retornava para a
sua casa em São Paulo quando
seu motorista ouviu os tiros. Os
dois estavam na pista local da
Dutra e pararam próximo do
local onde o advogado era socorrido pelos policiais.
"Eu vi três adolescentes que
tinham participado do arrastão
correndo. Os policiais não podiam sair de lá e pediram para
que alguém ajudasse no socorro", disse a promotora.
O advogado foi passado por
cima da mureta divisória da
pista e colocado no banco de
trás do carro da promotora.
"Um homem que estava em
seu carro desceu e foi abrindo
caminho a pé no trânsito. Eu
não sabia onde ficava o hospital
mais próximo. Por sorte, achamos um taxista que sabia o caminho. O homem que estava a
pé entrou no taxi e foi abrindo
caminho aos gritos até chegarmos ao hospital", contou.
De acordo com Berenice, o
advogado chegou ao pronto-socorro do Pari (região central de
São Paulo) em aproximadamente dez minutos e foi depois
transferido para outro hospital
a pedido de familiares.
Até ontem, o estado de saúde
do advogado era estável, e ele
não corria risco de morrer.
Um inquérito para apurar o
caso deve ser aberto pela PF. A
entidade afirmou ter uma testemunha de que os policiais
agiram em legítima defesa.
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