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Dores e rotina
de internações afetam vida social
DA REDAÇÃO
A falta de compreensão da
doença também traz consequências para a vida social e
profissional dos portadores
da anemia falciforme.
Crises de dor, internações
e transfusões de sangue nem
sempre são bem entendidas
por empregadores e instituições de ensino. Algumas vezes não são compreendidas
nem mesmo pelos colegas.
Bruna Karoline Lindo, 20,
descobriu a doença ainda
bebê. Internação e transfusão de sangue tornaram-se
atividades corriqueiras. Ela
conta que, desde os 14 anos,
quando tirou o baço em uma
cirurgia, vive melhor.
O que a preocupa hoje é
conseguir cursar o segundo
ano de direito na faculdade,
em Campinas (SP).
Por causa de internações,
ela acabou perdendo provas.
Com esforço, recuperou-as,
mas aí o problema eram as
faltas. As aulas começam
nesta semana e, até a última
quinta-feira, ela não havia
conseguido se matricular.
Essa não foi a primeira vez
que a estudante teve problemas. Ela, que atualmente
trabalha no fórum da cidade,
diz que já perdeu um outro
estágio por causa da doença.
Foi demitida depois de ter ficado internada.
Para tentar resolver esses
problemas, Bruna Lindo
conta com o apoio de Francisco César Almeida, 43, presidente da Associação Brasileira de Anemia Falciforme.
Angolano, Francisco Almeida veio com a mulher
para o Brasil no início dos
anos 90 para fazer mestrado
em sociologia na Unicamp.
Ele pretendia voltar para o
seu país, mas os planos mudaram quando seu segundo
filho, Ivo, hoje com oito
anos, nasceu com a doença.
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