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Avanço das cidades foi maior em emprego e renda do que em saúde
Em cinco anos, índice de desenvolvimento dos municípios subiu 19,73%
DA SUCURSAL DO RIO
De 2000 a 2005, o índice de
desenvolvimento dos municípios avançou 19,73% e passou
de 0,5954 ponto para 0,7129
ponto. O avanço no patamar de
desenvolvimento não ocorreu
em ritmos similares na educação, saúde e emprego e renda.
A metodologia do índice permite que se analise em separado cada uma das variáveis medidas pela Firjan. O índice de
emprego e renda dos municípios avançou 42,37% e chegou a
0,6960 em 2005. Na avaliação
de João Sabóia, diretor do Instituto de Economia da UFRJ, a
mudança é resultado do aumento do emprego industrial
no interior nos últimos anos.
"Existem diversos elementos
que favoreceram essa maior
abertura de vagas no interior,
desde a questão de incentivos
para a atração de empregos até
questões ambientais e possibilidade de oferecer salários menores em algumas regiões."
O índice não capta a evolução
do emprego informal, que ainda tem peso expressivo na oferta de vagas. Em razão do objetivo do índice de acompanhar a
evolução anual dos municípios,
a Firjan considerou dados como a geração e o estoque de
emprego formal e os salários
médios do emprego formal.
Desde 2000, o avanço na
educação foi de 17,02%, e o índice chegou a 0,6850. Neste caso, no entanto, um dos indicadores foi repetido para o ano
2000, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), porque ele só tem dados a
partir de 2005.
O índice de saúde avançou
apenas 6% em cinco anos, mas
é também o que já alcançou
maior patamar: 0,7576. A Firjan considerou número de consultas pré-natal, óbitos por causas mal definidas e óbitos infantis por causas evitáveis.
A análise dos dados mostra
que, na lista dos dez municípios
que mais avançaram desde
2000, cinco são do Piauí, mas
todos ainda com patamares de
desenvolvimento entre baixo e
regular. O município que mais
avançou, Capitão Gervásio de
Oliveira, por exemplo, passou
de 0,1252 em 2000 para 0,4232
em 2005. Segundo Patrick Carvalho, chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan, os
números são influenciados pela base baixa. "É uma questão
de nível de variação. Se o patamar é baixo qualquer variação
faz diferença", disse.
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