São Paulo, domingo, 03 de setembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Uso de dados internacionais no país é limitado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Interpol foi criada em 1923 com dois objetivos: tornar mais eficiente a captura de foragidos e manter um banco de dados com informações criminais para os países-membros. O arquivo tem hoje mais de 600 milhões de documentos, e no Brasil serve à Polícia Federal 24 horas por dia.
Mas o uso das informações sofre limitações no país. Como a legislação brasileira privilegia a presunção de inocência -ninguém pode ser considerado culpado sem uma decisão transitada em julgado-, a rapidez nem sempre é a ordem do dia.
Se um brasileiro procurado pela Justiça fugir para outro país, o registro de entrada do seu passaporte acionará a chamada "difusão vermelha" e alertará as autoridades locais sobre a ordem de prisão pendente no Brasil.
Se o caso for de um estrangeiro foragido desembarcando é mais demorado. Identificando-o, as autoridades nacionais precisam solicitar ao STF (Supremo Tribunal Federal) um mandado de prisão para deter o suspeito.
Outro detalhe, no Brasil, é a dificuldade de acessar o sistema da Interpol, que não é interligado com os postos da PF nos aeroportos, portos ou pontos de fronteira. (ID)


Texto Anterior: Rio recebe Interpol e testa segurança para Pan-2007
Próximo Texto: Recuperação da "cracolândia" ainda não passa de projeto
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.