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Casal homossexual é agredido na região da avenida Paulista
Ataque ocorreu por volta das 4h da manhã do sábado, em frente a restaurante no centro da capital paulistana
Uma das vítimas teve uma perna quebrada; agressores não tinham sido identificados até a noite de ontem
ALEXANDRE ORRICO
DE SÃO PAULO
LÉO ARCOVERDE
DO "AGORA"
Um casal gay foi agredido por dois homens em frente a um restaurante na rua Fernando de Albuquerque, próximo à avenida Paulista, por volta das 4h de anteontem.
A região, que abriga uma das maiores paradas gay do mundo, tem sido ponto de diversos ataques homofóbicos.
Uma das vítimas de sábado teve a perna direita quebrada em dois locais. O caso foi registrado ontem no 78º DP, no bairro Jardins.
Os agressores não haviam sido identificados até o fechamento desta edição.
Segundo o supervisor fiscal Marcos Villa, 32, ele e o namorado, um administrador de empresas de 30 anos que não quer ser identificado, foram agredidos por dois homens que tentaram ficar com duas amigas do casal no bar Sonique, na rua Bela Cintra, e não foram correspondidos.
O casal e as amigas, que estavam no bar comemorando a volta de uma delas de Londres, saíram do Sonique e foram para um estacionamento vizinho, onde elas haviam deixado o carro.
Por morarem perto, Villa e o administrador seguiram a pé para casa. No caminho, pararam na loja de conveniência de um posto de gasolina para comprar cigarros.
Na fila, Villa e o namorado reencontraram a dupla que estava minutos antes no Sonique. Eles dizem que começaram a sofrer ofensas. "Nos chamaram de veados, disseram que não merecíamos viver e que passamos doenças para as pessoas. Tentei conversar, mas meu namorado se exaltou um pouco e discutiu com eles", diz Villa.
Ainda segundo Villa, a dupla passou a segui-los. Quando estavam em frente ao restaurante Mestiço, foram alcançados e agredidos.
Além de ter a perna quebrada por chutes, o administrador levou socos e desmaiou com os golpes. Villa também levou socos na cabeça e pontapés na perna.
Ambos procuraram atendimento na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Ontem, antes de procurarem o 78° DP, as vítimas tentaram registrar o caso na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) -mas o local fica fechado no fim de semana.
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