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Navegar pela Antártida já é rotina no mercado de viagens
CAIO VILELA
DA REVISTA DA FOLHA
Se fazer turismo na Lua parece ser um futuro não muito distante neste início de século, visitar o Pólo Sul e navegar pela
Antártida já é rotina no mercado de viagens. Jornada dos sonhos de muitos, antes lograda
apenas por cientistas e navegadores experientes, hoje pode
ser feita sob encomenda para o
bolso do freguês.
Por cerca de US$ 900 você
pode passar uma tarde na base
chilena O'Higgings, voando de
volta no mesmo dia para a cidade de Punta Arenas, no extremo sul do país, onde o pacote
bate-e-volta de um dia é vendido nas agências de turismo.
No extremo oposto, um grupo seleto de viajantes divide o
privilégio de fazer a circunavegação completa do continente
gelado em dois meses de pura
mordomia, a bordo de um navio quebra-gelos russo, por "solamente" US$ 25 mil por pessoa -gorjetas não incluídas.
A cidade de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, é o
ponto e partida para a maioria
das embarcações. Há navios
enormes que levam até 600
passageiros e apenas passeiam
pelas geleiras, sem realizar nenhum desembarque; e tours
em buques menores, para grupos de 40 a 60 pessoas, com direito a mergulho e passeios de
caiaque.
Idioma oficial
Operados por agências européias e americanas especializadas em viagens polares, os cruzeiros guiados por biólogos,
glaciólogos e historiadores
usam antigos navios de pesquisa adaptados para transportar
turistas. O idioma oficial na
maioria deles é inglês, embora
haja, com menos freqüência,
grupos conduzidos em francês,
alemão e espanhol.
O jornalista Caio Vilela viajou a convite da Gol Linhas Aéreas Inteligentes e da Quark Expeditions.
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