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Vagas em federais crescerão 28% em 2009
Aumento será de 44.299 postos nas universidades, segundo o Ministério da Educação, em relação ao vestibular deste ano
Em reunião com reitores para balanço do Reuni, Lula disse que o programa de expansão deu certo, apesar de "torcida" contra de alguns
SIMONE IGLESIAS
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Do vestibular deste ano para
o de 2009, o aumento das vagas
nas universidade federais será
de 44.299 postos, um crescimento de 28%.
O crescimento do número de
vagas nas instituições, de
113.983 em 2003 para 227.668
em 2009, dados já divulgados
pelo MEC (Ministério da Educação), serviu como base para o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva justificar, ontem, potenciais investimentos do pré-sal
na educação.
Ele aproveitou para alfinetar
antecessores e dizer que o Reuni (Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), na sua avaliação,
deu certo, apesar da "torcida"
de alguns para que isso não
acontecesse.
Em um ato para demonstrar
que pretende fazer da educação
sua prioridade nos dois últimos
anos de governo, o presidente
reuniu ontem reitores de todas
as universidades federais para
um balanço do programa.
"Os falsos esquerdistas ou os
falsos revolucionários foram
para as reitorias dizer que a
gente iria baixar o nível de ensino, porque queríamos aumentar o número de alunos. Aqueles que já tiveram [ensino superior] não se contentam que os
que nunca tiveram tenham
acesso ao mesmo que eles",
afirmou, ao complementar que
chegar à universidade não é ascensão, mas um direito.
Estranho no ninho
Dirigindo-se aos reitores, Lula disse que fez mais pela educação superior que seus antecessores, a começar pelo fato de
recebê-los.
"O fato de eu receber tanto
vocês é porque, como não sou
da universidade, não vejo defeitos, só virtudes. Pelo fato de eu
ser um estranho no ninho, não
tenho medo", disse.
Segundo o presidente, os reitores não eram ouvidos antes
de seu governo porque suas reivindicações, do ponto de vista
educacional, seriam resolvidas
pelo mercado.
Projeção
Durante o balanço, os ministros Fernando Haddad (Educação), que é professor licenciado
da USP (Universidade de São
Paulo), e Paulo Bernardo (Planejamento) assinaram duas
portarias: uma para remanejamento de gratificações de professores e outra para contratação de 10.992 professores e
8.239 técnicos administrativos
para as universidades por meio
de concurso público.
Haddad disse que o maior
crescimento na oferta de vagas
foram nas regiões Nordeste,
com aumento de 122%, e Sul,
com 107%. Segundo ele, o ministério deu preferência também a cursos noturnos.
O ministro afirmou que até o
fim do governo, o número de
vagas nas federais irá superar
300 mil, projetando aumento
de mais de 70 mil vagas até
2011.
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