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Polícia investiga quadrilhas "de fora"
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
O chefe do setor operacional do
20º Batalhão da Polícia Militar de
São Sebastião, capitão Eduardo
dos Santos Rosmaninho, disse
que o serviço de inteligência da
corporação está investigando a
ação de quadrilhas da Baixada
Santista na costa sul da cidade.
Segundo ele, o efetivo de policiais na região é reduzido, o que
dificulta o policiamento ostensivo
no combate ao crime organizado.
Atuam na costa sul aproximadamente 30 PMs, que se revezam
em quatro turnos. O efetivo da
PM em todo o município, de 58
mil habitantes, é de 90 homens.
"Esse efetivo é o mesmo há dez
anos. A população da cidade aumenta cerca de 6% ao ano."
As três bases comunitárias da
PM da costa sul, em Maresias, Juqueí e Boracéia, foram desativadas para aumentar, em três soldados, o efetivo nas ruas.
O capitão afirmou que a PM sabe que a "situação está complicada", mas, em agosto deste ano, o
problema será amenizado com a
vinda de 40 policiais.
O delegado seccional de São Sebastião, João Barbosa Filho, disse
que também investiga a ação de
grupos da Baixada Santista.
Sem efetivo suficiente, a Polícia
Civil utiliza uma estratégia curiosa para tentar deter a criminalidade -três investigadores, usando
máquinas fotográficas, estão fazendo um ""book" dos suspeitos.
"Já temos cerca de cem fotos",
disse Barbosa Filho, que começou
a investigação há um mês.
Ele disse que a Polícia Civil investiga crimes já cometidos e que
a prevenção dos delitos é responsabilidade da PM. "Se eles [PM"
têm só dois carros para vasculhar
a área, não temos nada a ver com
isso. Fazemos o nosso trabalho."
Segundo ele, no mês passado foram apreendidos dez carros furtados na costa sul.
Para agravar a situação, o 2º DP,
em Boiçucanga, único que atende
a população da costa sul, não registra boletins de ocorrência de
delitos em flagrante por falta de
delegados e escrivães após as 18h
e nos finais de semana.
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