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PLANTÃO MÉDICO
Prevenção a diabetes ajuda o coração
JULIO ABRAMCZYK
Diabéticos do tipo 2 apresentam
um risco três vezes maior de ter
problemas do coração e artérias e
são responsáveis por cerca de
80% da mortalidade nesse grupo,
afirmou o médico Freddy G.
Eliaschewitz em uma das sessões
do 58º Congresso Brasileiro de
Cardiologia, realizado na semana
passada, em Salvador, Bahia.
A palestra do chefe do Departamento de Endocrinologia do
Hospital Heliópolis, do SUS, e
coordenador-médico do Núcleo
de Terapia Celular do Instituto de
Química da USP, teve como tema
"O risco cardiovascular do paciente com diabetes tipo 2: em que
ponto estamos?"
O diabetes tipo 2 (cerca de 90%
dos casos, cuja incidência aumenta com a idade, obesidade, colesterol, hiperglicemia e resistência
insulínica) é diferente do diabetes
tipo 1 ou juvenil, de predisposição
genética, e costuma surgir antes
dos 30 anos de idade.
Eliaschewitz explicou que há
mais de dez anos sabe-se que um
exagerado aumento da taxa de
açúcar no sangue após as refeições (hiperglicemia pós-prandial)
é um fator independente de risco
cardiovascular. Por isso, os pesquisadores levantaram a hipótese
de que tratar a resistência à insulina e corrigir a hiperglicemia pós-prandial poderia reduzir não só o
risco de desenvolver diabetes no
paciente mas igualmente a possibilidade de surgirem problemas
cardíacos. O estudo STOP Diabetes (JAMA 2003) mostrou o efeito
protetor da droga acarbose, que
reduziu em cerca de 50% o número de eventos cardiovasculares.
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