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EDUCAÇÃO
Instituição será fechada
Crise atinge tradicionais colégios de Campinas
CAROLINA FARIAS
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Dois dos mais tradicionais colégios de Campinas (SP), o Progresso e o Batista, curvaram-se diante
das crises administrativa e financeira. O Progresso está mudando
sua administração, que passa a
ser de uma faculdade, após anunciar que iria deixar de funcionar, e
o Batista vai definitivamente fechar as portas.
As duas instituições refletem a
situação do ensino particular no
Estado, que nos últimos sete anos
viu o número de unidades crescer
117%, enquanto o número de alunos evoluiu só 16,4%.
Das cerca de 300 escolas particulares de Campinas, 18% enfrentam problemas financeiros atualmente principalmente devido à
inadimplência, segundo estimativa do Sieesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São
Paulo). Sete anos atrás, só 7% tinham dificuldades.
Com 103 anos de existência, a
mantenedora do Colégio Progresso (Sociedade Brasileira de
Educação e Instrução) anunciou
em agosto que poderia fechar as
portas em decorrência dos problemas financeiros. Com 580 alunos e uma mensalidade média de
R$ 430, o Progresso apresenta um
déficit com a manutenção da escola de cerca de R$ 400 mil.
A medida provocou uma onda
de protestos entre pais, alunos e
ex-alunos do colégio. Manifestações de apoio também vieram de
outras instituições de ensino,
dentre elas a Metrocamp (Faculdade Integrada Metropolitana de
Campinas), escolhida para administrar o colégio. A faculdade deu
início à "transição" há cerca de
três semanas e já anunciou mudanças: a implantação do ensino
médio no colégio.
Criado há 33 anos, o Colégio Batista não resistiu à diminuição de
87,3% no número de alunos nos
últimos dez anos e fechará suas
portas em dezembro.
No prédio, localizado no centro
de Campinas, o COC (Curso e Colégio Oswaldo Cruz) instalará outra unidade, também com ensinos médio e fundamental.
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