São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2011

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Vigilante de banco fez registro de ameaça

Cliente foi morto após discussão em agência

NATÁLIA CANCIAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O vigilante Jonatas Pereira Lima, 29, que matou um correntista a tiros em uma agência do Bradesco em São Bernardo do Campo (ABC paulista), registrou a ameaça que diz ter sofrido do cliente em um livro de ocorrências três dias antes do crime.
Esse registro serve para informar a empresa de segurança contratada pelo banco sobre ocorrências na atividade dos funcionários. A polícia analisa o documento.
Um colega de Jonatas disse à polícia que o vigilante contou a ele sobre a ameaça e sobre o registro. Na sexta, Sandro Antônio Cordon, 31, foi barrado na porta giratória do banco.
O vigilante afirmou à polícia que, ao avisá-lo de que não poderia entrar, Cordon se irritou e disse que voltaria com uma arma. Anteontem, ao voltar desarmado ao banco, o correntista levou quatro tiros do vigilante após nova discussão e morreu. O corpo dele foi enterrado ontem em São Paulo.
A Folha procurou a Protege (empresa de segurança contratada pelo banco) para perguntar se ela sabia do registro, mas a empresa disse que não comentaria o caso.
Para o presidente da Confederação Nacional de Vigilantes, José Boaventura Santos, a empresa de segurança deveria ter substituído o funcionário por alguns dias. Boaventura acrescenta que pelo menos nove vigilantes já foram mortos durante o serviço neste ano.


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