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Mulheres adiam ciclo para evitar a TPM no trabalho
Para manipular ciclo menstrual, elas recorrem a pílulas e implantes hormonais
Agente de viagens controla
TPM e menstruação com
pílulas para ocasiões em que
tem de viajar ou fazer
reuniões de negócios
DA REPORTAGEM LOCAL
Em favor do trabalho e para
evitar que os compromissos
profissionais sejam prejudicados por alterações físicas e
emocionais da TPM, mulheres
estão manipulando o ciclo
menstrual ou simplesmente
abrindo mão da menstruação.
Para conseguir isso, aderem a
técnicas que vão desde o uso de
simples anticoncepcionais até
implantes hormonais.
O caminho tem sido adotado
por mulheres que tentaram
sem sucesso combater a TPM
com o tratamento padrão -antidepressivos conhecidos como
inibidores da recaptação da serotonina- e pelas que buscam
encerrar a menstruação.
Uma das técnicas usadas é a
pílula, já conhecida de quem
queria adiar a menstruação para ir à praia, para casar ou por
atletas antes de competições.
É o caso da agente de viagens
Amanda Schmal, 29, que costuma "dobrar a cartela" quando
calcula que estará com TPM ou
menstruada nas reuniões de
trabalho que faz com representantes de companhias aéreas.
"Temos uma ou duas reuniões por mês em que negociamos os pacotes para os turistas.
Se fico de mau humor, com as
pernas cansadas, as coisas tendem a não sair tão bem quanto
em dias normais", afirma ela,
que também inicia uma nova
cartela sem interrupções quando viaja a trabalho para os EUA.
Ela diz considerar o método
"mais natural" e que poderá
deixar seu organismo mais preparado para a gravidez.
Pílulas
Já a artista plástica Marília
Fayh Paulitsch, 51 anos, foi
uma das que aderiu às pílulas
com o objetivo de interromper
permanente a menstruação.
"Costumo fazer viagens longas e levo peças de escultura.
Era um incômodo muito grande ter que viajar de TPM. Ficava irritada. Sentia dores e não
conseguia trabalhar direito."
A artista, que vive em Porto
Alegre, conta que primeiro tratou a TPM com remédios, o que
não funcionou. Depois, passou
a tomar a pílula tradicional
-mas como a garantia de evitar
a menstruação "não era 100%",
passou a adotar pílulas específicas para não menstruar mais.
O caminho foi seguido por
sua filha, a professora de pilates
Alessandra Paulitsch, 26, que
tinha seu rendimento prejudicado em razão da falta de disposição. A diferença foi que, vendo os resultados da mãe, Alessandra não tentou tratar a TPM
com antidepressivos e de cara
atacou a menstruação.
Implantes
Também para acabar com a
menstruação e evitar seus inconvenientes na vida profissional, as mulheres têm aderido a
técnicas como implantes.
A produtora de eventos Cláudia Silva, 37, por exemplo, aderiu a um deles porque tinha cólicas muito fortes em razão da
TPM, além de náusea e dor de
cabeça. "Faltava bastante,
quando tinha muita dor, tinha
que ir embora para casa. Já uso
essa técnica há oito anos e faço
aplicações que duram um ano."
Ela diz que parar de ter esses
sintomas foi fundamental para
sua carreira. "Há dias em que
viro trabalhando e preciso estar
com disposição", diz.
Como ela, a técnica vem sendo adotada por inúmeras modelos com o objetivo, entre outros, de não perder desfiles e
outros trabalhos. Entre as famosas que já aderiram ao implante estão Ana Hickmann,
Emanuela de Paula e Ana Claudia Michels.
(MP e CC)
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