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Força Nacional substitui agente grevista em presídio federal
RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
Por determinação do Ministério da Justiça, 30 homens da
Força Nacional de Segurança
assumiram ontem funções de
vigilância externa e de escolta
de presidiários na Penitenciária Federal de Campo Grande.
A presença do grupo foi solicitada pelo juiz federal Odilon
de Oliveira, corregedor da unidade, em razão da greve deflagrada ontem pelos agentes
penitenciários.
Em ofício ao ministro Tarso
Genro (Justiça), Oliveira diz
que o protesto dos agentes penitenciários "compromete totalmente" a segurança do presídio -que abriga 160 presos de
alta periculosidade,
como o principal traficante do
país, Luiz Fernando da Costa,
o Fernandinho Beira-mar, e o
ex-chefe do crime organizado
em Mato Grosso João Arcanjo
Ribeiro.
Medida provisória
A greve foi convocada pelo
Sinapf (Sindicato dos Agentes
Penitenciários Federais de Mato Grosso do Sul). A entidade
defende a revogação da medida
provisória 411, editada em
agosto, no trecho que estabelece um novo plano de carreira
para a categoria.
A mudança, de acordo com o
sindicato, ampliou a carga horária mensal dos agentes de 176
horas para 196 horas, sem que
houvesse uma compensação financeira equivalente.
"Indiretamente, é uma redução salarial", diz o agente Yuri
Carvalho, presidente do Sinapf,
que também critica a criação de
uma gratificação por desempenho. "Neste caso, o risco é de
redução salarial direta."
"Precipitado"
Nesta semana, o diretor-geral do Depen (Departamento
Penitenciário Nacional), Aírton Michels, negou a possibilidade de redução salarial e chamou de "precipitado" o movimento dos agentes.
"Estamos abertos à negociação", afirmou.
Por determinação judicial, os
agentes deverão manter pelo
menos 50% do efetivo em serviço enquanto durar a paralisação no presídio.
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