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Cai índice de abstenção no primeiro dia da Unesp
Vestibular vai até amanhã; Etapa contestará questões
DA REPORTAGEM LOCAL
O índice de abstenção no primeiro dia de prova do vestibular de meio de ano da Unesp
(Universidade Estadual Paulista) caiu de 7,8% para 7,2% em
relação a 2007, segundo a Fundação Vunesp (www.vunesp.
com.br), que divulgou ontem o
gabarito oficial da prova de conhecimentos gerais.
"Atribuo isso ao fato de que,
neste ano, colocamos o vestibular mais no início de julho.
No ano passado, foi no meio de
julho, o que pode ter comprometido alguns candidatos que
fizeram viagens", disse Fernando Prado, diretor acadêmico da fundação.
Segundo ele, 9.150 candidatos fizeram ontem a prova de
conhecimentos gerais, com 84
questões de múltipla escolha.
São oferecidas 630 vagas para 15 cursos de graduação. O
mais concorrido é o de engenharia de produção, em Bauru,
com 26,2 candidatos por vaga.
Em seguida, vêm engenharia
de controle e automação, em
Sorocaba (20,2), e administração em Jaboticabal (18,3).
Hoje, haverá a prova de conhecimentos específicos, com
25 questões discursivas que variam segundo a área de opção.
Quem optou por ciências
biológicas fará provas de biologia, química, física e matemática. Os candidatos de exatas responderão a questões de matemática, física e química. Os que
optaram por humanidades, terão história, geografia e língua
portuguesa. Amanhã, os vestibulandos fazem a prova de português, com uma redação e dez
questões dissertativas.
O resultado deve sair em 25
de julho, segundo a assessoria
de imprensa da Vunesp.
Até as 20h de ontem, a Vunesp não havia recebido contestações sobre a prova.
No entanto, o professor Edison de Barros Camargo, do
Etapa Vestibulares, disse à Folha que vai contestar as questões 62 e 70 da prova de química. A primeira, porque fala de
um precipitado insolúvel e só
oferece alternativas com solúveis. E a segunda, por conter
equações incorretas.
Na opinião de Camargo, a
prova da Vunesp de meio de
ano é problemática desde que
surgiu. "Algumas vezes, parece
que uma banca despreparada
elabora as questões."
Vera Lúcia da Costa Antunes,
professora e coordenadora do
Objetivo, discorda de Camargo.
Para ela, a prova, de um modo
geral, foi bem feita. "As questões estavam adaptadas ao ensino médio. Mas, infelizmente,
acabou apresentando algumas
imprecisões."
Ela cita como exemplos a
questão 25 da prova de geografia, em que os dois gráficos sobre clima não poderiam ter sido
comparados, e a questão 53 de
história: "O autor mostra um
desconhecimento político sobre o que aconteceu na Primeira Guerra Mundial, o que prejudica o bom aluno". O Objetivo, no entanto, não irá recorrer
das questões, disse Vera.
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