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SANTA CATARINA
Justiça condena flanelinha por tentativa de extorsão
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
Uma juíza de Balneário
Camboriú (SC) condenou
um flanelinha a quatro anos
de prisão após ele tentar extorquir uma moradora da cidade. Em sua decisão, criticou o que classificou de "loteamento" de vias públicas
pelo país por guardadores informais de carros.
O caso teve início em maio
deste ano. A mulher, acompanhada por uma amiga, tentou estacionar seu carro perto de uma casa noturna.
Ao parar o veículo, segundo ela, foi coagida a dar R$ 10
para o guardador de carros.
Ela tentou argumentar que o
valor era abusivo. Procurou
ainda negociar e pagar a
quantia apenas na volta, o
que lhe foi negado. Sob
ameaça, foi obrigada a retirar
do local o veículo, que foi
atingido por uma pedrada no
vidro traseiro.
Após o incidente, o guardador tentou fugir do local,
mas acabou preso em flagrante pela Polícia Militar.
O caso foi parar na Justiça.
A juíza Liana Bardini Alves,
então, condenou o flanelinha
a quatro anos de prisão em
regime aberto, além do pagamento de multa de R$ 138
por crime de extorsão.
Loteamento
Na decisão, a magistrada
criticou a ação de guardadores de carros nas metrópoles.
"Não há dúvidas de que vivemos em um país de grandes
desigualdades sociais e onde
o emprego é escasso. Todavia, tal fato não implica em
flanelinhas lotearem grande
parte das vias públicas, exigindo preços altíssimos para
que os veículos permaneçam
incólumes." De acordo com a
juíza, houve "constrangimento" à jovem, e o flanelinha demonstrou uma "conduta reprovável".
O flanelinha, que permaneceu preso durante todo o
processo, também terá de arcar com as custas processuais. Ele já foi solto e pode
recorrer da decisão. A reportagem não conseguiu falar
com seu advogado.
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