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MISTÉRIO NO RIO
Polícia vê contradição em depoimentos
Peritos realizarão novo exame em machadinha encontrada na casa
FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO
A polícia do Rio viu contradições nos depoimentos à Justiça
dos dois filhos mais velhos do casal Staheli, morto na Barra da Tijuca (zona oeste), no domingo
passado. Foi determinada uma
nova perícia na machadinha decorativa encontrada na casa.
O primeiro exame realizado na
machadinha com a substância luminol deu negativo. Na sexta-feira, peritos descartaram que ela
pudesse ter sido a arma do crime.
Ontem, o chefe da Polícia Civil,
Álvaro Lins, disse que será feita
uma contraprova com o mesmo
produto. Ele afirmou que foram
solicitadas também as roupas
usadas pelos quatro filhos do casal na noite do crime.
Todd Staheli, executivo da Shell,
e sua mulher, Michelle, foram encontrados agonizantes pelo filho
de dez anos, às 6h30 de domingo.
Staheli morreu logo depois; a mulher, na última quinta-feira.
Além do quarto do casal, a perícia só encontrou traços de sangue
na cama e na porta do quarto da
filha mais velha, de 13 anos. Em
depoimento, a adolescente disse
que levou para a cama dela a irmã
de três anos, que dormia entre as
pernas do pai. Ela disse também
ter tirado o travesseiro que cobria
o rosto do pai.
No depoimento, o filho de 10
anos dos Staheli disse que não viu
sangue nas roupas dos irmãos. A
adolescente de 13 disse que a irmã
pequena sujou um pedaço da
manga do pijama.
O garoto disse que a machadinha, comprada na Escócia, é sua e
que, na véspera do crime, mostrou-a a amigos que os visitavam,
guardando-a depois em seu armário. Na manhã do crime, a machadinha foi encontrada no banheiro da suíte da adolescente.
Ontem, em seu programa de rádio, o secretário de Segurança,
Anthony Garotinho, disse considerar o fato "intrigante". Ele também disse considerar intrigante o
fato de Staheli ter sido encontrado
com um travesseiro sobre o rosto.
"Ou seja: quem fez aquilo não
queria ver depois a imagem."
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