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MUNDO CONECTADO
LAN houses visitadas cumprem a maioria das normas, mas classificação etária em local visível é raridade
Lista com a idade para jogos é "esquecida"
CLAUDIA JORDÃO
DO "AGORA"
Com a regulamentação da lei
municipal nš 13.720, que dispõe
sobre o funcionamento em São
Paulo das LAN houses -casas de
jogos de computadores em rede-, em julho deste ano, as empresas precisaram se adequar às
novas normas para continuar
funcionando e preservar seu público mais cativo, os adolescentes.
A principal regra é a que exige o
cadastramento de jovens com
menos de 18 anos, com nome do
responsável e telefone de contato.
Na última semana, a reportagem visitou 15 estabelecimentos,
em todas as regiões da cidade. No
geral, eles seguem as determinações da lei, com uma exceção: a
exposição, em um local visível e
de fácil acesso, da lista dos jogos
disponíveis, com suas respectivas
classificações etárias.
Dos estabelecimentos visitados,
somente a Vega Max, no Itaim Bibi (zona oeste), e a Seicomp, em
Higienópolis (centro), seguem essa norma.
A exigência foi feita a partir de
recomendação do Ministério da
Justiça, para evitar que as crianças
e adolescentes façam o uso de jogos considerados inadequados.
Além de não manter a lista, algumas casas têm o jogo GTA Vice
City, cuja comercialização não é
autorizada no país por ser considerado muito violento. No jogo, o
usuário pode fumar e agredir ou
matar policiais, por exemplo.
Das 15 casas visitadas, 14 cadastram quem tem menos de 18 anos
e não comercializam bebidas alcóolicas e cigarros.
A exceção fica por conta da Yun
Fang Internet, no centro. Lá, a
idade dos visitantes não é controlada e vende-se cerveja. O proprietário, coreano, disse à reportagem que não entendia bem o
português e não autorizou que o
interior da loja fosse fotografado.
As casas de jogos alugam, por
hora, computadores com acesso à
internet e jogos eletrônicos em rede. Estima-se que haja no país
4.000 LAN houses e cibercafés.
No geral, as lojas têm ambiente
tranqüilo e público fiel -donos e
funcionários até chamam pelo
nome os mais assíduos. "Ficamos
de olho neles, pegamos no pé de
quem cabula aula", afirma Marcel
Fukayama, dono da Seicomp.
A Secretaria Municipal das Subprefeituras, responsável por fiscalizar o cumprimento da lei, disse
que o foco principal dos fiscais é
averiguar se as empresas têm licença e alvará de funcionamento.
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