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PLANTÃO MÉDICO
Estudo mostra proteção que a circuncisão dá ao homem
JULIO ABRAMCZYK
Estudos realizados há muitos
anos mostraram que crianças
submetidas à circuncisão (retirada cirúrgica de uma pequena
prega de pele que recobre a glande peniana) logo após o nascimento, como ocorre entre os judeus, estatisticamente têm poucas chances de desenvolver câncer de pênis quando adultos.
Em outras religiões, quando a
circuncisão é realizada em meninos ao redor dos sete ou oito
anos de idade, o problema já
surge, mas ainda em pequena
proporção. A grande maioria de
portadores de câncer peniano
(que estatisticamente em relação aos outros tipos de câncer
ocupa um dos últimos lugares)
está entre os homens que possuem prepúcio.
Um novo estudo sobre a circuncisão, realizado por pesquisadores de Chicago, EUA, foi
publicado no "American Journal of Pathology" deste mês. A
pesquisa mostra que as camadas
internas do prepúcio são mais
susceptíveis à infecção pelo HIV
que a camada externa do prepúcio ou a mucosa do aparelho genital feminino.
Segundo o médico Bruce Patterson, patologista especializado
em vírus e um dos paticipantes
da pesquisa, a fina camada de
queratina na porção interna
predispõe o prepúcio à infecção,
em comparação com face externa da pele que recobre a glande.
O que não quer dizer que os
cincuncisados estão livres da
Aids: sem camisinha, a infecção
pelo HIV pode ocorrer através
da mucosa uretral ou em pequenos ferimentos imperceptíveis
na pele do órgão.
TOSSE SECA CRÔNICA
Cera no ouvido tem a culpa
De 1832 (há 170 anos) até o mês passado, foram poucos os casos
relacionando tosse seca crônica (sem catarro) com cera no ouvido. Por isso Frank Jegoux e médicos do Serviço de Otorrinolaringologia de Nantes, França, relataram no "The Lancet" que a remoção do cerúmen no ouvido de um paciente acabou com a tosse crônica, que era causada por estímulo do nervo de Arnold.
TEMPERATURA
Método infra-vermelho tem restrições
A avaliação da temperatura corporal pela termometria infra-vermelha no ouvido, por sua facilidade em crianças, tem sido usada
com frequência. Mas Jean V. Graig e colaboradores do Instituto
de Saúde da Criança da Universidade de Liverpool sugerem evitar esse método quando a temperatura corporal deve ser acompanhada com precisão.
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